Desces? Estou a chegar!

Desces? Estou a chegar!

Ela tinha cabelo liso e ideias enroladas. Olhos fundos. Sorriso torto-charme. Desaparecia entre os travesseiros da minha cama. Pela manhã, cantava como se fosse algo normal. Pessoas que cantam pela manhã, de longe, nunca são normais. Mas quem quer amar alguém normal?

Acontece que ela foi embora por circunstâncias da vida: um beijo diário a menos, uma briga quotidiana a mais, uma satisfação esquecida, essas coisas… Não pude evitar. Ela quis. Se ela está feliz, eu sou vírgula na sua decisão; hoje, sou só ponto final.

De saudade morro, renasço, acredito nunca mais viver o que vivi. Tolices de quem, como eu, acha que vive num filme. Sempre fui saudade e vivo-a com toda a dor que merece ser vivida. Nas noites em que deixo de sair por estar com o coração apertado, lembro de como ela tinha um beijo doce. Um nome doce. Um jeito de me olhar doce. Achei tanto que seria para sempre. E se eu disser que, mesmo na distância, ainda julgo ser? Loucura, pouca aceitação da realidade, um pedaço enorme de mim.

Vivendo essa falta que ela me faz, tão grande que é maior que eu, choro sozinho, pois infelizmente poucos sabem o que sinto. Será que quando me veem na rua imaginam o mundo interno que há em mim?

Será que na padaria sabem que, em vez de um misto-quente e uma média, eu gostaria de um abraço e um passagem para longe? Acontece que, sozinho, rodopio. Crio desculpas que só eu sei inventar. Relembro a saudade só para sentir doer de novo. E talvez forçar-me a vivenciar mais uma vez essa dor seja somente uma maneira de perceber, na pele, que dar corda para esse futuro seja uma eterna burrice. Mas é difícil, eu sinto, é inegável.

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Já estás deitada? Eu sei que dormes cedo, mas sinto sua falta! Posso te ligar? Rapidinho. Eu sei, eu sei que já combinamos um adeus, mas… Mas não estou conformado. Fala comigo para apaziguar 0o meu coração? Faz-me um carinho? Diz-me que é tudo brincadeira? Deixa-me ser motivo de riso de novo? Beija-me no escuro entre as cobertas? Deixa-me descobrir o teu corpo como se fosse a primeira vez? Desapareces comigo? Ligas-me? Desces? Estou a chegar!

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