De acordo com Michael Greshko, da National Geographic, a descoberta do fóssil aconteceu em 2011, em Alberta, no Canadá, quando um trabalhador operando maquinário pesado no interior de uma mina começou a escavar um tipo de rocha meio esquisita.

Ele observou o material e, desconfiando que talvez fosse algo importante, chamou o supervisor.

A rocha esquisita era, na verdade, um pequeno fragmento da pele fossilizada de um nodossauro, um tipo de dinossauro herbívoro que podia medir cerca de 5 metros de comprimento, por volta de 1,7 m de altura e pesar mais de 1 tonelada. O melhor é que foi também encontrado um exemplar de nada menos que 110-112 milhões de anos e que está entre os mais bem preservados já descobertos no mundo.

Segundo Jason Daley, do site Smithsonian.com, o que torna o espécime da imagem acima tão sensacional é que, apesar de ele estar fossilizado, ainda é possível distinguir as suas feições e ver detalhes de sua couraça. Ele realmente parece uma estátua!

Minúcias

De acordo com Matt Rehbein, da CNN, do ponto de vista científico, o espécime também é incrível. Isso porque ele é o dinossauro desse tipo mais antigo já descoberto e representa um novo género de nodossauro. Os paleontólogos que analisaram o exemplar inclusive chegaram a detectar minúsculos fragmentos de pigmento — vermelho — no fóssil, o que pode ajudar os cientistas a reconstruir sua coloração original, e restos de pele fossilizada a cobrir o seu crânio.

Segundo disse um dos cientistas envolvidos no estudo do dinossauro, eles não estão diante de um esqueleto — como costuma ser o caso quando fósseis são descobertos —, mas de um animal tal e qual ele realmente era. Para teres uma ideia, a pata direita do nodossauro está ligeiramente voltada para cima, e os pesquisadores conseguiram contar o número de escamas que existem na sola.

Dinossauro
Dinossauro

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Os paleontólogos acreditam que o nodossauro morreu próximo a um rio e, depois da sua carcaça começar a inchar durante o processo de decomposição, ela foi levada pelas águas até o oceano — onde o animal finalmente afundou e o processo de fossilização teve início.

Após estudar o fóssil durante seis anos, os cientistas levaram aproximadamente 7 mil horas para prepará-lo e, agora, ele se transformará na estrela de uma nova exibição organizada pelo Royal Tyrrell Museum, em Alberta.