Numa visita à casa do seu primo na região Morbi, uma vila na Índia, a jovem Jharna Joshi salva 111 crianças do trabalho infantil.
Ela suspeitou de uma porção de autocarros que passavam pela vila carregados de crianças. Nenhum dos veículos se parecia minimamente com um autocarro escolar ou coisa que o valha, e Jharna decidiu então por segui-los. Foi quando descobriu que as crianças iam trabalhar numa fábrica de utensílios de cerâmica.
Para conseguir maiores informações sobre o que claramente se apresentava como um grave caso de trabalho infantil sob condições inumanas, ela inscreveu-se para trabalhar na mesma fábrica. Ao adentrar o local, percebeu que grande parte dos trabalhadores eram menores de 18 anos, trabalhando por períodos extremamente longos, na maioria das vezes sem direito a comida ou água.
As crianças também não eram autorizadas a realizarem nenhum tipo de intervalo durante os turnos.
Depois de duas semanas recolhendo informações e provas, Jharna denunciou a fábrica ao Departamento de bem estar infantil, que puderam então resgatar 111 crianças que trabalhavam em condições análogas à escravidão no local.
O feito de Jharna é um marco para a questão na Índia e no mundo, mas nem todos ficaram orgulhosos com a sua denuncia: a jovem já foi atacada na rua, e segue ameaçada por ter se oposto ao trabalho infantil. Ela, no entanto, não se arrepende, e garante já saber de novos locais, e que as suas denuncias e luta seguirão firmes.
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Num mundo com mais de 200 milhões de crianças a trabalhar ilegalmente em condições terríveis, o esforço de uma jovem indiana pode fazer tanta diferença para que mais gestos como o de Jharna se multipliquem no lugar da proliferação do trabalho infantil.