Texto corajoso de vítima de um namoro abusivo. Todas as mulheres deveriam ler.

Um relato sensível e necessário sobre namoro abusivo e violência contra a mulher comoveu a internet.

“O meu nome é Elaine e tenho 23 anos. Eu gostaria muito de ainda ter 22 para poder apagar da minha vida o que vivi durante quase 1 ano.

Pensei muito sobre se deveria escrever sobre a minha vida ou não e decidi que sim. Decido que devo colocar para fora o que tanto me atormentava e decido, de alguma forma, ajudar mulheres que passam pelo o que passei.

Falo de um relacionamento abusivo e violência contra a mulher.

Não te culpes nunca! Tenho certeza que assim como eu me culpava, guardas muita culpa e angustia no teu coração.

Tem coisas que não conseguimos encontrar razões, tem coisas que não entendemos o motivo de acontecer nas nossas vidas… Mas fica certa de uma coisa: só TU podes sair dessa. Só TU podes fazer esse sofrimento acabar! Sê forte!

Completou 2 meses que consegui sair de algo que nunca imaginei entrar um dia. Hoje me sinto bem e confortável para partilhar e falar sobre isso.

Envolvi-me com uma pessoa aparentemente encantadora, algo típico de um agressor.

Eu tinha acabado de sair de um relacionamento de 3 anos e meio. Um relacionamento de verdade… Mas só hoje percebi essa verdade e quão bem tratada e respeitada como mulher eu era.

Eu era.

Eu era uma menina feliz, eu era uma menina vaidosa, eu era uma menina esforçada e dedicada no trabalho, eu era uma menina alto astral, eu era uma menina que hoje me espelho e me trato na psicoterapia para voltar a ser ela…

Desculpa mãe, por ter sido fraca.

Mas eu apanhei.

Eu apanhei, eu fui humilhada, eu fui maltratada, eu magoei pessoas que queriam o meu bem, eu estava cega e acreditava no amor.

Acreditava nas promessas e arrependimentos do agressor.

Acreditava realmente que eu seria burra se não o perdoasse. Eu iria perder uma pessoa carinhosa que cuidava de mim e que me dizia: “ÉS A MULHER DA MINHA VIDA”.

Namoro abusivo
Namoro abusivo

Como pude entrar num círculo tão vicioso?

Infelizmente entramos. E entramos de cabeça!

“O agressor olha-te nos olhos e convence-te de que quer te dar tanto amor, que serias uma burra se fosses embora. Ele está arrependido, e a culpa da coisa acabar não vai ser dele porque te magoou, vai ser tua porque não foste capaz de perdoar e tentar de novo. Não importa quantas vezes isso se repita.”

E isso se repetiu quatro vezes. Eu apanhei quatro vezes.

Apertões, sacudidas, pontapés na barriga, socos na nuca, socos no braço, na cara, atirada ao chão, cuspida na minha cara…

Por ciúmes. Por paranóias que ele causava. Eu apanhei por ele imaginar coisas.

A ordem era sempre a mesma: CARINHO – EXPLOSÃO – ARREPENDIMENTO/DESCULPAS – CARINHO – EXPLOSÃO – ARREPENDIMENTO/DESCULPAS – CARINHO – EXPLOSÃO….

“O agressor faz-te sentir pena dele por ser descontrolado, antes que tu sequer tenhas tempo de sentir algo por ti mesma.”

Eu me sentia culpada. Achava também que realmente merecia ouvir palavras e palavrões tão sujos.

Da boca dele ouvi muitas coisas que tinha vergonha de contar para alguém. E então sofria calada. Eu amava-o. Era vista como tonta.

“Vadia”, “Vagabunda”, “Maldita”, “Desgraçada”, “Mentirosa”, “Estás lixada nas minhas mão”, “Que vontade de te partir ao meio”, “Estás morta”.

Eu realmente estava morta. Tinha morrido por dentro. Não saia para lugar nenhum, não conversava com mais ninguém. Vivia em função de uma pessoa que me maltratava.

Os meus novos amigos eram os amigos dele.

Eu tinha medo do agressor e do que ele pensaria mais ainda de mim se eu saísse por exemplo, para ir passear com as minhas amigas.

Ficava em casa para evitar brigas, para ver se podia tranquilizar o meu coração. Para ver se eu poderia ser chamada de “amor” mais um dia e não de “vagabunda”.

Eu era “vadia” por ir até a padaria, eu era uma “vaca” por ir buscar a minha irmã ao metro Às 23h, e por ir dormir e esquecer de avisá-lo, eu era uma “desgraçada” por ver um filme e esquecer do meu telemóvel por algumas horas….

Eu me esforçava para agradá-lo.

Não conseguia!

“O agressor psicológico convence-te de que a culpa é tua! Mesmo quando diz que “não temnsculpa de nada”, a culpa é tua por não seres boa o suficiente para ele, não seres exatamente o que ele queria. E tu te frustas.”

Frustava-me  muito! Mesmo fazendo de tudo, ainda ser errada.

O que mais eu poderia fazer?

Nada! A culpa é dele! Ele é assim e nunca irá mudar.

É por isso que resolvi escrever! Pois hoje entendo e sei que milhares de mulheres passam pelo o que nunca queria ter passado.

Eu tentei até me matar.

Pois doía muito ouvir coisas que eu não era.

Hoje me sinto ótima e leve!

Eu superei. Eu quis superar! Eu abri os meus olhos de uma vez.

E sim, tomei a coragem que faltava e dei queixa.

Sê forte menina!

Se passas por algo parecido, não tenhas medo! Ergue a tua cabeça e não esqueças da mulher maravilhosa que és!

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Foi o texto dela que me deu forças para acabar de uma vez com o que estava a viver.*”

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