Quando a gente decide tomar um novo rumo na vida, acontece um movimento natural de procurar reforços. A gente lê, faz cursos, participa de grupos, mune-se de conteúdos que apoiem nossa transformação.
Porém chega um momento em que toda essa carga vai transbordando. A gente pode entrar numa ansiedade tremenda, querendo que as coisas caminhem rápido, afinal começa a soar um alarme interno de muito tempo perdido.
Quando a gente começa a se aprofundar e a remexer nos baús, parece que a vida virou uma enorme bagunça. A gente quer mudar tudo aqui e agora. Mas não há organização que possa começar por todos os lados ao mesmo tempo, só que a gente não sabe por onde começar. O copo transborda.
Nessas horas a gente quer alguma luz, procura respostas por todos os lados, um conselho, uma dica. E vai acumulando mais carga e o copo transborda ainda mais. Daí a gente começa a questionar a nossa capacidade, as teorias e até as pessoas que nos estenderam as mãos. A gente passa a buscar, questionar, debater com tudo que está fora. Mas o turbilhão está dentro.
~ pausa para respirar ~
Quantas vezes ao dia respiras profundamente? Quantas vezes ao dia percebes a tua respiração? Se hoje, não houve nenhuma pausa assim, que essa seja a primeira. Percebe o ar entrando pelas narinas mais frio, saindo pela boca mais quente, o peito se estendendo depois relaxando. Ocupa o teu lugar no momento presente.
Quando a gente quer tomar um novo rumo, na melhor das intenções, a gente começa um movimento. Mas a gente começa, muitas vezes, uma movimentação que só nos consome energia, um movimento que não nos move a lugar algum. Simplesmente porque não ouvimos a nossa voz, não refletimos qual horizonte será o nosso norte, nem sentimos nossos pés pisando o solo que está aqui e agora.
Então, respira! Não estásnuma corrida ou numa luta contra o tempo. Não! Faz do tempo o teu aliado. Não estás atrasada. Estás no exato momento perfeito para saber o que sabes e os recursos chegaram na hora em que estavas pronta para receber.
Essa é a tua hora! Nunca mais serás tão jovem quanto é agora, nem nunca tiveste a consciência que tens agora. E mais, só tens o agora. Então, desfruta-o. Não enchas o teu agora com cobranças pelo que foi, nem com medo pelo que virá. Senão, o teu agora vai virar uma ilusão, uma miragem.
Pára, respira. Começa por um ponto. Um pequeno passo. Abre um pequeno espaço na tua agenda e começa a cuidar de ti, que sejam 15 ou 20 minutos por dia. Começa a escrever um Diário da Gratidão. Esvazia a mente. Canta ou dança. Faz algo que eleve a tua energia e bem estar. Com o tempo, esses 15 ou 20 minutos já serão sagrados. Conseguirás abrir mais algum tempo, 1 hora quem sabe. Até que consigas ver a tua presença em todos os momentos e em todas as escolhas.
Começa pelo teu “porquê”. Por que queres realizar essa transformação profunda? Qual é o significado disso? Por quê levantar todos os dias de manhã? Qual é a diferença que queres fazer? Qual é o teu lema de vida? E também aqui: respira! Começa pelos pequenos “porquês”,. Podem ser coisas simples, como “eu quero ser colo e aconchego”, “eu quero inspirar as pessoas a serem elas mesmas”, “eu quero ser quem eu sou e me sentir presente na vida” ou alguma outra frase simples que espelhe o seu “porquê” nesse momento, como ele veio para ti.
O que acontece é que a gente sai à procura de algo que nem sabe o que é, nem sabe como, muito menos o porquê. Como vais reconhecer a resposta, se nem sabes qual é a pergunta? Procura as respostas que vêm de dentro, observa o teu movimento interno e começa a clarear as coisas. Procurar por respostas para aplacar a sua ansiedade, alimentando mais ansiedade…
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~ deixe ser fácil ~
Deixa que flua, deixa ser fácil.
Muitas vezes basta que a gente faça um pequeno ajuste na nossa forma de pensar, que a gente pare de resistir e controlar, que a gente pare de dificultar. E aí, as coisas fluem.
A gente é que complica. Então, a gente também pode simplificar, facilitar, permitir.
Respira, ouve-te, acolhe-te. Não te cobres tanto. Estás a fazer um lindo caminho! Reconhece isso!