O Bloco de Esquerda afirmou à TSF indicam que existem 50 mil desempregados. Só 38 mil encontram-se ao serviço das autarquias portuguesas, colocados através dos Contratos de Emprego Inserção (CEI), a troco de uma bolsa de 84 euros.
Também na administração central, há mais 12 mil pessoas na mesma situação.
“Esta é uma realidade insustentável e vergonhosa…há autarquias que vivem do trabalho que não é remunerado com um salário e ao qual não corresponde nenhum contrato”, disse o deputado José Soeiro à TSF, explicando que “.
“Estamos a falar do preenchimento de postos de trabalho permanentes por pessoas que muitas vezes têm qualificações e a quem não é reconhecida a sua situação laboral”, acrescentou o deputado.
E vai ainda mais longe: “Há aqui mecanismos de coação para os desempregados aceitarem o CEI que configura, no fundo, formas de trabalho forçado”.
A exploração da mão-de-obra desempregada pelo Estado é admitida pelo presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, que reconhece à TSF a necessidade de contratar mais gente.
O governo prometeu apresentar até ao fim de outubro o levantamento de todos os trabalhadores com contratos CEI, bolsas, estágios e recibos verdes ao serviço da administração pública e do setor empresarial do Estado. Esse relatório serviria para definir “uma estratégia plurianual de erradicação da precariedade”.
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“Sucede que, até ao dia de hoje, e contrariamente ao que está inscrito na Lei do Orçamento de Estado de 2016, no despacho do próprio Governo e na resolução da Assembleia da República, o referido diagnóstico ainda não foi divulgado…“, afirmou o Bloco de Esquerda.