A maior traição é aquela que fazemos ao nosso coração…
A Vida passa à velocidade da Luz e na minha necessidade urgente de ser feliz, muitas vezes obrigo-me a camuflar sentimentos que lentamente me vão destruindo…é o tal erro grave que descrevo como “varrer o lixo para baixo do tapete”
Chegou na minha Vida o momento do confronto final…o “matas ou morres”.
De cortar amarras…
Agarrei em todos os sentimentos maus…a tristeza…a desconfiança…a mágoa a mentira…a dor e meti num enorme e forte saco do lixo…ateio-o com força e determinação e pu-lo na varanda do meu quarto, na esperança que o vento o levasse para bem longe…
Chega…quando as palavras têm que ser cuidadosamente pensadas antes de ditas as pessoas que fazem parte de nós…é sinal do que algo não está bem…
Dou por mim a interrogar-me porque continuo tantas vezes a passar uma borracha em atitudes e ações que me magoam e fazem sofrer em silêncio…e mais uma vez chego a uma conclusão que me deixa sem chão…voltei a cometer os mesmos erros do passado…a anular-me…a fazer de conta que….quando o “Era uma vez” só tem magia e arranca sorrisos nas histórias inventadas de finais cor de rosa que contamos aos nossos filhos na esperança que adormeçam depressa e a sorrir…
Mas a Vida real nada tem de igual com esses contos de fadas…
Sinto a minha Vida escorrer-me por entre os dedos..tal como quando agarramos um punhado de areia e o apertamos na mão…
Olho à minha volta e sinto um vazio….as lágrimas deslizam no meu rosto….o coração aperta…tenho que ser forte..mais uma vez….
Levamos uma vida a lutar…a ironia das coisas é que algumas vezes esgotamo-nos nessas mesmas batalhas e quando paramos para engolir uma lufada de força para voltar à luta a intensidade com que o fazemos faz “click” na nossa mente e lá vem a dúvida maldita…”Porque lutas tu…?Por algo em que ainda acreditas e queres ou para não voltares a sentir o gosto amargo de mais uma vez teres falhado..?
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Neste momento sinto-me como um mar…em que contemplado a olho nu nos transmite uma paz imensa…mas não tentem entender o que acontece nas profundezas…nessas apesar da calma aparente à superfície…está numa revolta prestes a transbordar.
