
A “outra”, por norma, não leva com o mau humor, com os problemas, com o mau feitio, os maus hábitos, com a rotina de uma vida a dois.
No entanto no meu ponto de vista, não entrando pelo ser correto ou não ser o terceiro elo numa relação que se deveria querer a dois. Todas estas vantagens existem enquanto a “outra” encara aquela relação como uma aventura, sem compromissos de qualquer das partes. Encontros frutuitos baseados na atração ou tesão de ambos.
Apartir do momento em que o sentimento, o amor se instala no coração da “outra” tudo muda. Porque o desejo agora passa em se tornar primeira e única.
O ciúme surge, a tentativa de boicote da relação que afasta o objeto de desejo também. A frustração de querer mais e não lhe ser permitido cria ansiedade, amargura, sofrimento.
No que entendo e vejo, salvo raras exceções, a “outra” acaba por se ter que designar a este papel. Por não existir correspondência de sentimentos, por comodismo, falta de coragem, egoísmo extremo da outra parte, que prefere, enquanto pode, manter esta situação ad aeternum.
Mesmo que até haja uma reviravolta e a “outra” passe a representar o papel principal, mais cedo ou mais tarde aparece a “dúvida”: e se existe uma “outra” novamente? Se fez com a ex companheira porque não fazer comigo?
Dilemas de quem passa ou passou a vida debaixo do colchão. Escondida!