Segundo o orçamento da Assembleia da República que foi publicado em diário da república na secção “Serviços de restaurante, refeitório e cafetaria – 960.850,00” arredondado dá cerca de UM MILHÃO DE EUROS.
Milhares de portugueses, diariamente entopem os transportes públicos com lancheiras para o almoço.
Mas, será que alguém alguma vez alguém viu um deputado, ministro ou outro qualquer que se passeie pelos corredores da Assembleia da República como uma lancheira?
O original é que a receita prevista com a venda de senhas de refeição seja de uns incríveis 260 mil euros. Esta receita não ultrapassa os 30 por cento o que se pode dizer que é 70 por cento abaixo do custo de venda.
Ora, fazendo as contas falta aqui mais de 700 mil euros que naturalmente é pago pelo povo português.
Sopa: normal e dieta (obrigatoriamente elaborada com base em vegetais frescos e/ou congelados, sendo proibido o uso de bases pré-preparadas. São admissíveis sopas com elementos proteicos uma vez por semana – sopa de peixe, canja de galinha, etc.).
Carne, peixe, dieta, opção, Bitoque. Pão, integral ou de mistura; Salada; Sobremesas incluindo, no mínimo, 4 variedades de fruta e 4 de doces/bolos/sorvete, além de maçã assada e salada de frutas.
Exige ainda o caderno de encargos, uma mesa com complementos frios (saladas), com no mínimo 8 variedades entre as quais se incluem, obrigatoriamente, tomate, alface e cenoura, além de molhos e temperos variados.
Também podemos encontrar nas pobres mesas do Parlamento uma ementa para vegetarianos, com 4 componentes quentes: leguminosas, legumes e cereais.
Um jornalista perdeu um dia inteiro no interior do parlamento, mais precisamente no Bar/Restaurante do Parlamento e surpreendentemente gastou apenas 13.30euros.
Como termo de comparação o jornalista levou em linha de conta que uma refeição numa escola do ensino básico cada refeição custa uns “loucos” 3.80euros e vendo os preços praticados no bar do Parlamento ficou de queixo caído.
Vamos lá ver o que comeu o jornalista e os respetivos preços,
Chegada ao Parlamento 08 da manhã: no bar, o jornalista consumiu um café e um bolo de arroz e pagou imaginem só 15 cêntimos 5 do café e 10 do bolo.
Deve ter pensado “com estes preços vou tirar a barriga da miséria”. Achando que ainda era pouco bebeu 10 minis com o louco preço de 10 cêntimos cada uma, tendo gasto 1 euro.
A meio da manhã, porque já devia estar com alguma sede, o jornalista enfrascou um gin Bombay Sapphire (1,65 euros) e, antes do almoço para abrir o apetite, um vodka Eristoff (1,50 euros) e seguiu para o merecido e barato almoço.
Ora digam lá que não escolheu bem o almoço! Gambas, camarão tigre, lavagante, sapateira, queijo da Serra, presunto de Barrancos, garoupa e bife do lombo, regado com Palácio da Bacalhau, por apenas 3 euros!
E porque o almoço era de leão nada mais merecido que um whisky Famous Grouse, que custou (2 euros), quase tão caro como o almoço.
Para comemorar e festejar o jornalista mandou vir champanhe Krug (3 euros a garrafa) e caviar beluga (1 euro).
O jornalista andou o dia todo rodeado das deputadas Rita Rato (PCP), Francisca Almeida (PSD), Ana Drago e Marisa Matias do (BE), só para citar alguns.
Um pequeno-almoço, almoço de marisco, com entradas de queijo da serra, presunto e caviar, com vinho do Palácio da Bacalhoa, e pelo meio bebeu whisky, vodka e gin, finalizando com champanhe Krug tudo por apenas 13.30euros. Vamos lá combinar que nem na china vemos preços tão baixos.
Se o jornalista fez todo este festim por pouco mais de 13 euros, o caso BES, os submarinos e outros esquemas são a maior normalidade em Portugal, mas uma verdadeira vergonha, um insulto a quem passa fome e mal tem 10 euros para comer numa semana inteira!
Se achas que este menu de 13.30euros é caro, neste vídeo da SIC, podes ver que no parlamento tens outros menus por apenas 10 euros!
Nada mau….
Existe um critério rigoroso para a qualidade dos ingredientes.
Que são os seguintes:
Bacalhau: “O Bacalhau deverá ser obrigatoriamente da espécie Cod Gadusm morhua. Pode apresentar-se seco para demolha, fresco ou demolhado ultracongelado, observando-se como tamanho mínimo 1 Kg (“crescido”), para confecções prevendo “desfiados” (à Brás, com natas ou similares) ou 2 Kg (“graúdo”) para confecções “à posta”.
Carnes de Aves: “Peru (inteiro em carcaças limpas com peso superior a 5 Kg, coxas, bifes obtidos exclusivamente por corte dos músculos peitorais). Frango (inteiro em carcaças limpas com peso aproximado 1,2 Kg, coxas e antecoxas, bifes obtidos exclusivamente por corte dos músculos peitorais).
Café: “O café para serviço nas Cafetarias deverá ser de 1ª qualidade, em grão para moagem local, observando lotes que incluam um mínimo de 50% de “arábica” na sua composição”.