Um abusador de crianças de Torre de Moncorvo, Carlos Paçó, ex-presidente da Concelhia do CDS-PP naquela vila, foi condenado pelo Tribunal de Bragança por um crime de abuso de uma menor de 13 anos.
Carlos Paçó, com 48 anos, foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão, com pena suspensa por igual período. No entanto, o tribunal optou pela suspensão da pena por igual período “mediante a condição de o arguido pagar no prazo de dois anos metade” do valor da indemnização a que a vítima tem direito por decisão judicial.
O arguido terá de pagar à vítima 12500 euros por danos morais, ficando obrigado ao pagamento de metade deste valor no prazo de dois anos, e também a ressarcir a jovem em 670 euros por danos patrimoniais.
Carlos Paçó sentou-se no banco dos réus por ter abusado de uma menina também de Torre de Moncorvo a quem enviou 360 mensagens escritas para o telemóvel, entre janeiro e abril de 2012.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o arguido terá mantido relações sexuais com a menor no dia 23 de abril de 2012. O ourives terá combinado um encontro com a vítima por volta das 12 horas, perto da escola dela, mas depois levou a rapariga para sua casa, onde terá cometido os abusos sexuais.
O arguido e a menor trocaram centenas de SMS. Só a adolescente enviou-lhe mais de 600 mensagens para o telemóvel.
O arguido é uma pessoa conhecida na zona onde vive tendo já desempenhado cargos de direção no Clube de Caça e Pesca e na estrutura concelhia partidária do CDS-PP, em Torre de Moncorvo.
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O homem “não mostrou arrependimento durante o julgamento” e negou ter praticado os atos, mas os juízes entenderam que “não merece credibilidade”, nem a estratégia da defesa de que o processo se resumia “a uma tentativa de a menor e os pais extorquirem dinheiro” ao acusado.
“É uma tese inverosímil para o tribunal“, refere a sentença, lida na sede da Comarca de Bragança.
* com Lusa