Como funciona o coração de alguém com ansiedade! Quando me acontece algo bom, por exemplo, por mais que eu tenha absoluta certeza da minha capacidade e merecimento, algo lá dentro de mim desperta a insegurança e me conta mentiras tentando me convencer, de que não mereço nem sou capaz de alcançar aquilo que desejo.
Ansiedade é quando eu me relaciono, às vezes, por mais que eu diga para mim mesmo: vai com calma, por mais que eu vá, realmente, com calma, algo em mim sussurra me dizendo que eu preciso ir embora antes de coleccionar mais uma decepção e então, eu entro numa guerra comigo mesmo, um lado me dizendo que eu posso sim me permitir, o outro me alertando que vou me magoar.
Às vezes é só a minha amiga intuição dizendo para eu ter cuidado, mas às vezes é a ansiedade a dizer que eu não consigo lidar com mais uma relação.
A ansiedade faz-me construir um castelo de paranoias, do qual eu sou o rei, os meus soldados são os meus medos e a minha guerra é uma batalha comigo mesmo. Ou eu venço por mim, ou eu perco para mim e eu escolho sempre vencer.
A ansiedade traz-me essa insegurança que aparece repentinamente, essa agonia de querer desistir e não encarar as coisas de frente, esse trauma de querer que as coisas aconteçam rápido demais quando eu sei, que na verdade, acontecem quando precisam acontecer.
e se não acontecem agora, isso não quer dizer que nunca mais vão ocorrer.
Ansiedade é quando sinto que alguém despertou em mim um sentimento de querer ficar,
bate-me um desespero danado porque por mais que eu queira permanecer eu sei que isso não tornam as coisas fixas e que a qualquer momento o outro pode partir.
Talvez chova amanhã, talvez não, talvez eu consiga realizar um sonho amanhã, talvez demore um pouco mais do que espero.
Talvez eu precise compreender que não devo me cobrar tanto e saber que as coisas vão acontecer no tempo, no momento e no lugar certo.
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Há algum tempo eu convivo com a ansiedade e quando, de repente, vem-me pensamentos que me fazem duvidar de mim mesmo, da minha capacidade colossal de amar a mim, e ao outro, do meu espaço grande o suficiente para caber todos os meus sonhos e planos e da minha força latente de realizar todos eles – ou a maioria – eu encaro de frente e digo para mim mesmo que essa porra toda vai passar…e passa.