Antibióticos no Frango Pode Ser a Causa de “Superbactérias”!

Acalorada nos Estados Unidos, graças à forte pressão de grupos de consumidores, a discussão sobre o uso de antibióticos para promover o crescimento de animais criados para a produção de carnes ainda não parece ser uma questão prioritária.

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O uso desses medicamentos – alguns deles também destinados ao tratamento de humanos –  transformou-seem uma das hipóteses mais aventadas para explicar o recente fenómeno das”superbactérias”, que ganharam resistência a algumas drogas.
Para representantes da sociedade civil mundial, o aumento da resistência a algumas drogas pode estar associado à ingestão involuntária de antibióticos através do consumo de carnes, que aumentou exponencialmente na última década.
Ao contrário do uso humano, restrito ao período da enfermidade, os antibióticos para criação são oferecidos diariamente, como prevenção a doenças e para promover o crescimento mais rápido.
Estimativas indicam que cerca de 80% dos antibióticos comercializados hoje nos EUA são direccionados à indústria veterinária. Autoridades em saúde são unânimes em ressaltar que ainda não é possível comprovar a relação entre o consumo de carnes de animais criados com antibiótico e o aparecimento das superbactérias. Mas as questões, sobretudo nos países desenvolvidos, crescem à medida em que os casos de óbitos por resistência a medicamentos sobem nas estatísticas hospitalares e entram na pauta de discussões dos simpósios internacionais de saúde.

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E é nesse contexto que grandes grupos começam a promover mudanças no modo de produção animal nos EUA. A primeira a anunciar uma nova política sobre a questão foi o McDonald´s. Em Março passado, a rede americana de fast-food anunciou que não venderá mais nos EUA produtos com carne de frango tratado com antibióticos de uso humano. A decisão vale só a partir de 2017, mas deflagrou um movimento em cascata de grandes fornecedores de frango no país: Tyson Foods e Pilgrim´s Pride declararam a eliminação gradual desses medicamentos.
A postura dessas empresas reflecte o esforço anunciado em 2013 pela FDA, a Agência para Alimentação e Medicamentos dos EUA, para retirar antibióticos com importância médica da aplicação animal. Ao todo, a FDA pretende eliminar o uso de 283 produtos veterinários que também têm uso humano, na expectativa de que isso evite que mais bactérias ganhem resistência.
O pedido é “voluntário”, mas a pressão é grande o bastante para a estratégia avançar.
O Mc Donald´s, que nos EUA capitaneou a corrente “carne livre de antibiótico”, afirmou que “100% do seu consumo de carne é sem antibiótico” – o que o colocaria, em um caso inédito, à frente da política da matriz. Mas o seu principal fornecedor,admite usar alguns medicamentos.. Já o Walmart respondeu que a directriz é restrita aos EUA, onde o debate está mais avançado.
De acordo com o professor João Palermo Neto, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, o ganho de peso mais rápido é a principal vantagem do antibiótico. O produto “normaliza a micróbiota intestinal do animal, evitando processos inflamatórios sub-clínicos [que não são detectados], que prejudicam a absorção de nutrientes”. As inflamações são comuns em granjas com alta concentração de animais.
O cerco aos antibióticos como promotores de crescimento teve início na Suécia, nos anos 1980. Em 2006, a União Europeia proibiu todos os tipos de promotores, o que atingiu desde os beta-agonistas (comumente usados em suínos e bovinos) até os antibióticos, estes mais usados para estimular o crescimento das aves.
Frango sem antibióticos é para poucos. São poucas as iniciativas de criação sem antibióticos.
Segundo especialistas, o cenário tende a alterar a longo prazo, o que deve motivar adaptações na indústria e inovações em nutrição e saúde animal.

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