Gil Martins, o Ex-comandante da Protecção Civil apagava fogos sentado no café! Foi condenado a quatro anos e meio de prisão com pena suspensa e ao pagamento de 102537 euros ao Estado. Por mais caricato que possa parecer, a verdade é que este chegou a gastar mais de 500 euros por dia em restaurantes após apropriação de dinheiros do dispositivo de combate aos incêndios, num caso que remonta a 2007 e 2008.
Nesses anos, dizia a acusação, o então comandante da Protecção Civil ficou com mais de 100 mil euros e gastou-os em restaurantes, estadias em hotéis, telemóveis, computadores e outros equipamentos informáticos.
No acórdão, citado pela agência Lusa, o tribunal considerou que o antigo comandante nacional “desrespeitou os deveres” inerentes ao cargo que ocupava. E, ao aproveitar-se de dinheiros que não eram seus, pôs “em crise” o “bom nome” da ANPC. Gil Martins, descrevem ainda os juízes, aproveitou-se da “relação de confiança” que lhe foi depositada pela Protecção Civil e fê-lo com “audácia e facilidade”.
O tribunal sublinhou a “falta de controlo financeiro” na ANPC – uma deficiência que Gil Martins ainda tentou invocar em sua defesa. Porém, os juízes consideraram que essa falta de controlo não serve de desculpa, uma vez que o comandante tinha “responsabilidades” face ao alto cargo que ocupava.
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A advogada de defesa de Gil Martins anunciou que irá recorrer da decisão. Gil Martins, estava também acusado de peculato e de falsificação de documentos, mas o colectivo de juízes entendeu absolvê-lo da prática deste último crime.