Diz o ditado que quem tem amizades fortes tem tudo.
Não trata o ditado de conhecidos, colegas de trabalho e de equipa. Refere, como diz Milton Nascimento de “amigo para se guardar do lado esquerdo do peito… Mesmo que o tempo e a distância digam não”.
A vida passa e ao seu decorrer conhecemos milhares de pessoas. Algumas passageiras, outras permanentes. Algumas turbulência, outras remanso. Algumas nos ensinam, outras nos enganam. E, os amigos? Ah, estes estarão lá conosco.
Conosco dentro do coração. Conosco dentro da tela do computador. Em foto. Em muitas lembranças. Pode ocorrer de que a distância física seja de muitos anos, mas os encontros, quando acontecerem, serão como de infância. Repletos de risadas, de abraços, brincadeiras e confidências.
Tem aqueles que, desconfiados de gente, conseguem nos animais de estimação os seus melhores amigos. Certo? Errado? Jamais. Entretanto, a interatividade social que reuniões com os amigos proporcionam, esta troca – se não de afeto – mas da nossa própria história, isso só entre os humanos.
Há os amigos que somem. Desaparecem de nossa vida, por maior que tenha sido a amizade e o carinho durante certo período.
Normal. Nós mudamos. As pessoas mudam. E neste ciclo tudo se renova, até mesmo as amizades.
Nesta renovação precisamos estar abertos para deixar entrar aqueles de personalidade distinta da nossa e que possam agregar esta diferença ao nosso aprendizado na vida: respeito, compreensão. Deixar entrar pessoas de gerações diferentes, que tragam a leveza do novo ou a lembrança de tempos que não conhecemos. Que nos contem histórias dos seus iguais e nos ensinem o que se passa nas suas mentes ou, ao contrário, como pensavam ‘os antigos’.
Mas uma vida sem amigos é uma vida amarga. Não precisamos de, como diz o rei, “um milhão de amigos”. Ele cantava que queria ter um milhão de amigos. Que tenhamos apenas um. Sim, aquele amigo com o qual podemos contar nas horas boas e amargas, e para sermos recíprocos quando o amigo assim o desejar. Amizade é via de mão dupla.
Em tempos de amigos virtuais as pessoas confundem muito amizade-aceitação com amizade-laço.
Mas temos que ter cuidado também. Em tempos de amigos virtuais as pessoas confundem muito amizade-aceitação com amizade-laço. Muitos dos ditos amigos virtuais são pessoas que na vida real não convidaríamos nem para um cafezinho na padaria da esquina, quanto mais para contar com ele.
Por outro lado, estas mesmas plataformas virtuais que apresentam estes amigos-colegas desconhecidos possibilitam reencontros maravilhosos. Amizades que por motivos diversos acabaram esmaecidas no decorrer do tempo por mudanças de bairro, cidade ou país, desencontro de vidas. Amigos que podem se reencontrar e deixar florescer novamente os sentimentos até então empoeirados dentro do coração.
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E, já que a ciência comprova que ter amigos prolonga nossa expectativa de vida, permitamo-nos cultivar amizades fortes e duradouras. Sejamos sinceros e honestos para com os nossos sentimentos e principalmente para com os sentimentos dos outros. Permitamos que este amigo encontre em nós o refúgio que precisa também.