No Quénia já existe pena de morte aos caçadores de animais em extinção que vão desde elefantes, rinocerontes, girafas, até leopardos e chitas. Os dois primeiros estão entre os mais ameaçados em função de suas presas e chifres os tornarem alvos perseguidos incansavelmente por caçadores.
No país é ilegal matar animais em extinção e a Lei de Conservação da Vida Selvagem, criada em 2013, prevê uma sentença de prisão perpétua e multa de 200 mil dólares (aproximadamente 700 mil reais), Infelizmente, as mortes acontecem de dia para dia.
Najib Balala, secretário de gabinete do Ministério do Turismo do país, declara que “as punições vigentes não tem conseguido o resultado esperado. Ou seja, deter os caçadores”. O que resultou no anúncio de uma sentença bem mais dura aos infratores: a pena de morte. A medida gerou elogios daqueles que pediam por uma medida com impacto suficiente para salvar essas espécies de extinção. Mas também críticas dos que são contra pena de morte.
Os elefantes infelizmente são um dos alvos mais procurados pelos caçadores, pois suas presas de marfim são utilizadas em jóias, peças de decoração, estatuetas religiosas e outros objetos no Extremo Oriente.
Os chifres de rinoceronte também são muito procurados por caçadores, pois crendices populares pregam de forma ignorante que eles teriam o poder de curar impotência, febre, câncer, ressaca e outras condições médicas.
Chifres de rinocerontes são vendidos por cerca de 30 mil dólares (aproximadamente 100 mil reais) a libra (450 gramas). De acordo com AWF no ritmo de mortes que vêm acontecendo por caçadores, elefantes, rinocerontes e outras espécies da vida selvagem estarão extintos em algumas décadas.
Estas medidas tornaram-se um grande obstáculo a ação dos criminosos”. Em outras áreas, como na África do Sul, onde vivem a maioria dos rinocerontes, eles foram transportados de avião das áreas propensas à caça para locais mais seguros, como o Botsuana.
Como seria o mundo sem elefantes e rinocerontes? O melhor seria nem ter que passar por isso. Mas esta seria uma perda devastadora, já que ambas as espécies fornecem benefícios valiosos para o meio ambiente. Os elefantes, por exemplo, dispersam sementes nas suas fezes enquanto viajam por longas distâncias e os rinocerontes pastam em grandes quantidades de grama, ajudando a mantê-las curtas e facilitando o acesso aos alimentos a impalas, gnus e zebras.
Através de sua urina e fezes, elefantes e rinocerontes também deixam fontes de nutrientes concentrados no meio ambiente. Beneficiando toda a paisagem.
Quanto ao que o futuro reserva, muitos estão esperançosos de que a posição do Quénia contra a caça transformará o país num líder global de conservação no continente, ajudando a salvar essas espécies magníficas.