Era um dia feliz para o homem que ia adotar Reggie, um labrador preto ainda sem saber que iria encontrar uma carta misteriosa do antigo dono.
Ele estava muito contente por trazer para casa um novo companheiro de quatro patas. Mas quando já ia embora a equipa do canil deu-lhe uma carta que o deixou muito comovido.
“Para quem ficar com o meu cão:
Bem, não posso dizer que estou feliz por estares a ler isto (…) Nem estou feliz por escrevê-lo. Se estás lendo isto, significa que foi a última viagem de carro com o meu labrador depois de o deixar no canil.
(…) Então deixa-me falar sobre o meu labrador, na esperança de te ajudar a criar laços entre vocês os dois.
Primeiro, ele adora bolas de ténis (…) Não interessa para onde as jogues, ele vai correr atrás delas, por isso tem cuidado – não o faças perto de estradas. Eu fiz esse erro uma vez, e quase lhe custou a vida”.
“Quanto às ordens (…) O Reggie sabe as óbvias – ‘senta’, ‘fica’, ‘vem’, ‘rebola’. Ele sabe o significado de ‘bola’, ‘comida’, ‘osso’ e ‘biscoito’ como ninguém. Eu treinei o Reggie com algumas recompensas de comida. Nada lhe chama mais a atenção do que pequenos pedaços de cachorro quente.
Horário de alimentação: duas vezes por dia, a primeira pelas sete da manhã, e depois às seis da tarde”.
“Reggie odeia ir ao veterinário. Boa sorte a tentar colocá-lo no carro – Eu não sei como é que ele sabe quando está na hora de ir ao veterinário, mas ele sabe.
Por fim, dá-lhe tempo (…) Ele ia comigo para todo o lado, por isso, por favor, tenta
incluí-lo nos teus passeios de carro diários, se for possível.
O nome dele não é Reggie (…) quando o deixei no canil, disse que o nome dele era Reggie (…) não conseguia aguentar dizer o nome real. Para mim, era como se o fim tivesse chegado (…) admitir que nunca mais o iria ver.
(…) O nome real é Tank.
Eu disse que ninguém podia adotar o ‘Reggie’ até receberem a ordem do meu comandante. Os meus pais morreram, não tenho irmãos nem ninguém com quem pudesse deixar o Tank… e era o meu único pedido para o exército aquando da minha ida para o Iraque, que eles fizessem uma chamada telefónica para o abrigo… em caso de… para dizer que o Tank poderia ser colocado para adoção”.
“O amor incondicional de um cão foi o que eu levei comigo para o Iraque como inspiração (…) Espero que o tenha homenageado com o meu serviço para com o meu país e para com os meus companheiros.
Eu parto esta noite e tenho de deixar esta carta. Mas acho que não me vou despedir do Tank outra vez. Eu chorei muito a primeira vez. Talvez vá espreitá-lo e ver se ele finalmente conseguiu colocar a terceira bola de ténis na boca.
Boa sorte com o Tank. Dá-lhe uma boa casa, e um beijo de boa noite extra – todas as noites – por mim.
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O homem colocou a carta no envelope. Claro que já tinha ouvido falar do Paul Mallory. Toda a gente o conhece. Um jovem rapaz, morto no Iraque alguns meses antes, recebeu a Estrela Prateada após a sua morte por sacrificar a sua vida ao salvar três colegas.
Inclinou a cadeira e olhou para o cão.
“Olá Tank”, disse baixinho. Ele levantou a cabeça, ergueu as orelhas e os seus brilhantes olhos.
“Anda cá”, ele saltou instantaneamente. Sentou-se à sua frente, a sua cabeça inclinou, ouvindo um nome que já não ouvia há meses.
“Tank”, murmurou. Ele mexeu a cauda.
“Somos só eu e tu, Tank. O teu velho amigo disse-me.”
“Queres jogar à bola? ”. As suas orelhas levantaram-se.
O Tank desapareceu para outro quarto. E quando voltou, tinha 3 bolas de ténis na cara. ”
Admite que esta é uma história emocionante. É difícil não ter ficado tocado ao lê-la.
Farias o mesmo pelo teu companheiro de quatro patas?