Quando uma pessoa se casa o seu pensamento é sempre que será para toda a vida. Os planos para o casamento contemplam sempre momentos felizes e alegres, conquistas fantásticas, filhos perfeitos e uma saúde a 100%. Um amor eterno repleto de paixão e fidelidade inquestionável.
Infelizmente, nem sempre todos estes planos correm como previsto, pois o amor e o casamento são uma luta diária para não correr o risco de cair na banalidade. Existem casais que são verdadeiros exemplos de que vale a pena acreditar que o amor existe mesmo e compensa sempre lutar pelo casamento por maior que sejam as adversidades.
Júlia e Tadeu são um caso de sucesso, num mundo onde cada vez mais cedo os casais partem para o divórcio na primeira crise que os casamentos atravessam. Este casal que está junto há mais de 50 anos e naturalmente nem sempre foi perfeito o casamento discussões, zangas ameaças de divórcio, autênticas crises apocalípticas que ameaçaram varias vezes o casamento, mas neste casamento existiu sempre algo que todos procuram, mas que muito poucos conseguem encontrar verdadeiramente: o AMOR.
Após 50 anos de casados, o maior pesadelo abateu-se sobre o casal. Tadeu passou a sofrer da terrível doença de Alzheimer.
Gradualmente Tadeu começou a perder a noção de quem era ele, a sua esposa, netos ou filhos. A pouco e pouco este homem perdeu a memória, deixando de ser capaz de distinguir a cozinha do WC, dizer duas frases seguidas e com sentido ou evitar ter ataques de fúria inesperados.
Júlia a sua esposa sempre cuidou de Tadeu com o maior dos amores e carinho, nunca tendo pensado em abandonar aquele homem que um dia escolheu para ser o seu primeiro e único amor para toda a vida.
Durantes as suas limpezas Júlia encontrou algo surpreendente dentro de uma gaveta da mesinha de cabeceira.
Em um dos pucos momentos de lucidez Tadeu escreveu esta emocionante carta.
É impossível não chorar com esta dedicatória!
“Querida Júlia:
Eu estou te escrevendo agora, enquanto você dorme, caso amanhã não seja eu que acorde a seu lado.
Nessas viagens de ida e volta, eu passo cada vez mais tempo do outro lado, e em uma delas, quem sabe? Eu temo que não tenha retorno.
Caso amanhã eu não seja capaz de saber o que está acontecendo comigo. Caso amanhã eu não possa mais te dizer o quanto eu aprecio e admiro sua integridade, este seu empenho em estar ao meu lado, tentando me fazer feliz, apesar de tudo, como de costume.
Caso amanhã eu não tenha mais consciência do que você faz. Quando você coloca pedaçinhos de papel na porta para que eu não confunda a cozinha com o banheiro; quando você consegue me fazer rir por ter colocado os sapatos sem meias; quando você insiste em continuar a conversa mesmo que eu me perca a cada frase; quando você se aproxima disfarçadamente e sussurra no meu ouvido o nome de um dos nossos netos; quando você reage com ternura aos meus ataques esporádicos de ira, como se algo dentro de mim se rebelasse contra este destino que me tem como prisioneiro.
Por essas e por tantas outras coisas. Caso amanhã eu não me lembre mais do seu nome, nem do meu.
Caso amanhã eu não possa dizer obrigado.
Caso amanhã, Júlia, eu não seja capaz de dizer, ainda que uma última vez, EU TE AMO.
Sempre seu.
T.A.M.R “
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É quase impossível ler estas palavras sem deixar escapar ao menos uma lágrima.