Cuidado com o novo desafio que corre no Facebook. Não mudes a foto de perfil para uma a preto em branco em nome da luta contra o cancro. A nova campanha que corre no Facebook é um embuste e pode servir para lhe roubar informação confidencial.
Os murais do Facebook têm sido inundados por uma nova onda de hastags. Desta vez, muitos utilizadores têm alterado as fotos de perfil para uma selfie a preto e branco com a descrição “desafio aceite”. De acordo com a mensagem que esses utilizadores receberam, a mudança para essa foto faz parte de uma nova campanha online de luta contra o cancro. Mas a verdade é outra: esta campanha não existe e pode até ser um ato de pirataria que põe a descoberto alguns dos dados pessoais.
Tudo começou quando uma mensagem começou a correr pela Internet: “Olá. Ao fazeres gosto na minha foto de perfil estás a aceitar o desafio. Também tu tens de pôr uma fotografia tua a preto e branco. Vamos encher o Facebook de fotografias contra o cancro”. A Associação de Segurança Internauta espanhola, avisam que a mudança de foto de perfil em nada ajuda a lutar contra o cancro: esta é uma das muitas histórias falsas que circulam pela rede e que podem criar movimentos em corrente. Normalmente, essas histórias têm fundo humanitário porque são as que mais apelam à sensibilidade dos utilizadores, tornando-se virais.
O objetivo de “petições” como esta pode ser abrir uma porta a piratas informáticos para que tenham acesso, por exemplo, ao seu e-mail, através da identificação do teu IP (o “bilhete de identidade” dos dispositivos tecnológicos).
A partir daí, a tua caixa de entrada pode ser bombardeada com spam — mensagens de correio eletrónico com fins publicitários que não foram declaradamente pedidos pelos internautas. Aceder a estas correntes pode servir tão simplesmente para “alimentar o ego do autor”, diz a Associação de Internautas, como para congestionar os servidores ou difundir informação falsa.
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A Associação de Internautas deixa alguns conselhos para identificar as campanhas falsas. São de desconfiar todos os movimentos que:
Não venham de meios oficiais;
Surjam sem contexto temporal;
Procurem circular infinitamente pela Internet;
Sejam anónimos e não se saiba quem os iniciou;
Procurem explorar a sensibilidade dos indivíduos (normalmente falam de medos, desgraças ou injustiças sociais);
Exijam que o utilizador retransmita a mensagem.
