E assim se perde uma mulher garantida.
Nós avisamos. Uma e duas e três e quatro e trezentas mil vezes, nós avisamos. Nós, que vos amamos sem qualquer dúvida, mas nos amamos a nós próprias ainda mais e com ainda menos dúvidas, avisamos.
Podemos não gritar em alto e bom som (se bem que às vezes até o fazemos durante breves segundos de loucura em que nos esquecemos do significado da palavra “amor-próprio”), mas nós avisamos.
Podemos não vos dizer que nos estamos a habituar à vossa ausência, e talvez a aprender a gostar dela, mas nós avisamos que nos sentimos sozinhas quando vocês, em vez de criarem espaço e tempo para nós na vossa vida, nos encaixam na agenda de terça-feira por uma hora e meia entre uma consulta no dentista e uma ida ao barbeiro.
Se acham que os avisos são vistosos e histéricos, enganam-se. Quando nós gritamos e reclamamos, vocês significam muito para nós, se calhar até achamos ingenuamente que já não conseguimos seguir em frente sem vocês e queremos mesmo que aquilo dê certo. Quando nós nos vamos começando a calar, vocês estão a deixar de significar seja o que for, estão a tornar-se num “tanto faz” que eventualmente irá tornar-se num “não te quero mais”.
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Se acham que nós, mulheres de verdade, vamos embora do nada, enganam-se outra vez, vocês é que não quiseram ver que o nosso amor por vocês estava a desvanecer em prol do amor que temos por nós mesmas e que aquele foi o dia em que finalmente nos cansámos.
Foi aquele dia como podia ter sido outro qualquer, porque todos os dias ao vosso lado se tornaram iguais.
E assim se perde uma mulher que algum tolo toma por garantida.