Existem pessoas que tem o dom de curar, outras, o dom de machucar.
Lendo esse texto, acredito que, naturalmente virão à tua mente algumas pessoas, tanto curadoras, como ofensivas. Imagina alguém que está sempre sorrindo e que tem sempre uma fala positiva, que sempre elogia, que tem um abraço gostoso. Quem veio à tua lembrança? E agora, imagina alguém rabugento, que adora atirarr um balde de água fria na empolgação das pessoas.
Não tem como passarmos pela vida sem nos depararmos com esses dois perfis de pessoa. As pessoas amargas sentem-se fortemente recompensadas quando percebem que magoaram alguém. Parece que a alegria delas é nutrida pelo desgosto do outro. Queres acabar com o dia de uma pessoa amargurada, partilha uma alegria tua com ela. Ela vai tratar de te convencer de que estás a delirar, que a tua alegria não é para tanto, que podes “cair do cavalo”… que precisas manter os pés no chão… etc.
É como se a alegria do outro fosse um espinho na alma dela. São pessoas com as quais, se pudéssemos, evitaríamos qualquer contato. E quando estamos fragilizados, essas pessoas causam um verdadeiro estrago no nosso emocional, agindo como verdadeiros vampiros, parece que elas captam a nossa vulnerabilidade e fazem a festa. Se emagreceste e estás feliz, ela vai fazer questão de te dizer que ficaste com cara de doente e que estavas melhor quando estavas gorda. Se foste aprovado num concurso público, ela vai te dizer que ouviu dizer que o concurso teve fraude e que vai ser anulado. Enfim, ela vai ter sempre um problema para cada solução.
Somente quando nos tornamos mais maduros é que vamos adquirindo uma espécie de imunidade à essas pessoas, daí elas não exercem mais nenhuma influência sobre as nossas emoções, pois passamos a enxergá-las como elas de fato são, verdadeiros enfermos espirituais e emocionais. Pessoas feridas ferem outras. Simples assim.
Em contrapartida, existem aquelas pessoas que são puro bálsamo, são um verdadeiro sol mesmo nos dias nublados das nossas vidas. Pessoas que nos estendem a mão, que nos encorajam, que nos trazem à memória o que temos de bom e o que deu certo nas nossas vidas.
São verdadeiras bússolas divinas que nos norteiam quando estamos desorientados. É uma delícia ter por perto quem acredita em nós, quem nos aceita e quem nos acolhe. Essas pessoas serão as primeiras a serem lembradas por nós quando estamos em alguma dificuldade. Elas nos encorajam e elas nos lembram que a dificuldade vai passar. Por vezes, só precisamos nos lembrar disso, que nada é eterno e que dias bons e ruins passam.
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Quando alguém partilha algo delicado conosco, nos sentimos honrados, afinal, no mínimo, essa pessoa confia em nós. Que sejamos dignos dessa confiança. Que saibamos lidar com a vulnerabilidade do outro. Que sejamos calmaria em dias de tempestade.