As filhas meninas levam a melhor quando comparadas com os meninos homens. A verdade é que os pais falam com mais calma, mais sorriso e aceitação de emoções com elas. Por outro lado, competição, falas mais duras e certa indiferença para os sentimentos dos meninos, é o que se verifica.
Pelo menos é o que afirma o estudo da Universidade de Emory referindo que este não e apenas um comportamento padrão de pais de crianças pequenas, mas que também é a forma como o cérebro reage.
“Se a criança grita ou chama pelo pai, eles responderam mais do que os pais dos filhos“, disse a pesquisadora principal, Jennifer Mascaro. “Devemos estar cientes de quão inconscientes noções de género podem desempenhar na forma como tratamos até crianças muito novas”, concluiu.
Palavras e impacto que causam
Há uma nítida diferença no léxico que os pais usam com os filhos e filhas. Para as meninas, é mais comum o uso da linguagem analítica, como, por exemplo, as palavras “todos” e “muito” – são termos associados ao sucesso académico. Já com os meninos, nota-se uso frequente de linguagem competitiva, caso dos termos “orgulho”, “vitória” e “superior”.
Na relação com as filhas mulheres, foi notado também que há muito mais palavras e termos relacionados ao corpo – o artigo dá exemplos como “barriga” e “pé”. Os autores relacionam esta informação a pesquisas com meninas pré-adolescentes, que são mais propensas a relatar insatisfação corporal e baixa auto-estima em relação à sua imagem.
Por outro lado, relatam os pesquisadores, há resultados que constatam que é mais frequente que homens adultos estejam mais ligados à depressão, insatisfação conjugal, diminuição da intimidade social e dificuldade de aceitação a tratamento de saúde mental.
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A pesquisa foi realizada nos Estados Unidos, portanto, ressalta o artigo, deve ser entendida dentro de um certo aspecto social e cultural. “Mas é importante entender como suas interações com seus filhos podem ser tendenciosas com base no género”, informa a professora Mascaro.