Fui ingénua demais em pensar que carregarias o mesmo sentimento que estava a tomar conta de mim.
Quero pedir desculpas por acreditar que ficarias e por ter depositado tantas expectativas na tua permanência.
Foi um erro acreditar que terias espaço o suficiente para me abrigar, eu sei. Mas, em momento algum, me disseste o que sentias. Eu não percebi com clareza a tua falta de empatia, porque a paixão deixa a gente meio cega.
As expectativas confundem a nossa racionalidade, e a gente só pensa em ficar, porque isso é tudo o que desejamos naquele instante. Lá no fundo, a gente pode até sentir que não dá,
mas parece que o coração diz: vai lá! Obviamente, a gente lixa-se.
Desculpa se acabei por ver coisas que nem existiam, se vi reciprocidade até mesmo nas tuas acções, ou melhor, na falta delas. Sei que não tinhas obrigação alguma de ter o mínimo de responsabilidade, mas pensei que isso te coubesse.
Afinal, não é nada demais te importares com o que o outro sente, mesmo que a gente não sinta o mesmo. Não dói, é generoso.
Eu entendo que talvez não estivesses no mesmo momento que eu, como também compreendo que não tens obrigação de ficar em lugar algum se não for a tua vontade.
Mas desaparecer sem te importares, não foi a melhor maneira de dizer que não queria mais. Está tudo bem, juro!
Mais do que ter desejado que o nosso fim tivesse ao menos uma mensagem, ou uma conversa madura, tenho aceitado o teu silêncio como uma resposta. Espero que aceites o meu também como uma tréplica.
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A maturidade que carrego comigo não me permite sumir da vida das pessoas sem dizer um ”tchau”, mas isso é uma escolha minha e entendo que as pessoas não são obrigadas a nada.
Eu não posso nem devo viver em torno do que espero das pessoas e paciência.