“Se a nós nos custa comer, o que fará as criancinhas?”; “Até me doía a consciência de mandar aquilo para as crianças”, afirmam funcionários das cantinas.
Uma coisa é aquilo que o Ministério da Educação exige e outra muito diferente é o que acontece na realidade. Uns falam em sopas feitas com fécula de batata, outros em carne e peixe de qualidade questionável.Mas há alguns que asseguram que tudo corre “às mil maravilhas”. Falámos com cinco profissionais das cantinas.
“A comida que me davam sempre foi de muito má qualidade, era ração para animais de jardim zoológico, a carne de vaca raramente entrava ali dentro, o que havia mais era porco e frango e umas coxas de peru nojentas, que são só sebo. Nada era português.“, refere
Domingos da Silva e Costa, cozinheiro
“A comida que me davam sempre foi de muito má qualidade, era ração para animais de jardim zoológico, a carne de vaca raramente entrava ali dentro, o que havia mais era porco e frango e umas coxas de peru nojentas, que são só sebo. Nada era português. O frango vinha da China, todo preto por dentro e cheio de penas; as hortaliças vinham todas congeladas; e os peixes, nem sei explicar, pareciam esponja ou palha…”
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Ana Lucena, servidora de alimentação, refere que: “Se o produto chega em má qualidade a culpa já é da empresa. Mas nós também temos de ser responsáveis pelo que fazemos, se vejo que alguma coisa não está em condições não vou servi-la. As verduras que chegam da Uniself têm má qualidade. A alface, por exemplo, já chega estragada, de cinco pés de alface só conseguimos aproveitar dois. Muitas vezes acontece o mesmo com as cenouras e os pepinos, que às vezes vão directamente para o lixo. E as batatas também costumam vir más. Esses produtos, dizem os rapazes das entregas, vêm de Lisboa e chegam-nos à segunda-feira. Devem embarcá-los muito tempo antes, só pode ser isso.”