O furacão Matthew causou um verdadeiro estrago no Haiti nos últimos dias. Até à última sexta-feira já foram registadas 842 mortes no país. A população ainda sofria com o desastre causado por um terremoto em 2010, que afetou a vida de cerca de 3 milhões de pessoas (30% da sua população), entre mortes, desalojamentos e perdas materiais.
Segundo o Centro Nacional de Furacões o fenómeno passou da categoria 4 para a categoria 3 esta noite (a máxima é de 5), e caminha em direção aos EUA com menos força.
Em uma pesquisa rápida pelo Twitter, a hashtag #PrayForHaiti não pinta nos trendings topics. Apenas a menção à palavra Haiti aparece, mas com pouca força, poucos tweets.
Em novembro do ano passado, a cidade de Paris sofreu atentados terroristas que deixaram 180 morto (incluindo os 7 terroristas que perpetraram os ataques).
Apesar do número de mortes corresponder a cerca de 20% das vítimas do furacão no Haiti, o caso de Paris ganhou uma repercussão mundial muito maior. A hashtag #PrayForParis foi a mais citada no mundo inteiro no dia do atentado.
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Obviamente, não dá para mensurar o valor de uma vida: todas as vida importm a e ambos os acontecimentos foram trágicos. Mas por que o Haiti não aparece na mídia? No mínimo estranho.
Vê o vídeo publicado pelo Minustah no Twitter:
Bridge collapsed at #PetitGoave people cross with aid of rope and porters. #MatthewHaiti pic.twitter.com/sbfXnY31nt
— MINUSTAH (@MINUSTAH) 5 de outubro de 2016