Lendária história da jornalista Clara de Sousa que carregou baldes de cimento. Ela é uma das jornalistas mais respeitadas e admiradas do país.
A sua carreira na SIC tem sido marcada por momentos de grande profissionalismo, rigor e credibilidade, mas também por episódios de coragem e superação pessoal.
Recentemente, a pivô do Jornal da Noite participou num evento chamado “Talks Improváveis”, organizado pela Rádio Marginal em Oeiras, onde partilhou algumas das suas experiências de vida com outras mulheres.
O evento, que contou com a presença de Marta Graça Ferreira, presidente da Real Vida Seguros, teve como temas centrais a meritocracia e a superação.
Clara de Sousa não se coibiu de falar sobre os desafios que enfrentou ao longo da sua vida, tanto a nível profissional como pessoal, e revelou alguns aspetos menos conhecidos do seu percurso.
A jornalista recordou os seus pais, que já faleceram, e a forma como eles lhe transmitiram valores como o trabalho, a resiliência e a solidariedade.
Contou que cresceu numa casa modesta, onde o telhado foi construído com a ajuda dos vizinhos, que depois foram recompensados com um almoço feito pela sua mãe. “Era miúda e lembro-me de andar a acartar baldes de cimento”, disse.
Clara de Sousa mostrou-se grata pela educação que recebeu e pela oportunidade de seguir o seu sonho de ser jornalista.
Disse que sempre se esforçou por fazer o melhor possível e por se adaptar às mudanças do meio. Revelou também que teve momentos difíceis na sua vida pessoal, como o divórcio e a perda dos pais, mas que soube ultrapassá-los com otimismo e determinação.
A jornalista da SIC deixou uma mensagem de inspiração para as outras mulheres presentes no evento, dizendo que é possível conciliar uma carreira de sucesso com uma vida familiar feliz.
Afirmou que se sente realizada tanto a nível profissional como pessoal, e que tem orgulho da filha que criou. “É na adversidade que nos superamos e crescemos. Não fico presa nas coisas que me fazem mal. É um traço da minha personalidade e do que via em casa, com os meus pais”, concluiu.