Nos últimos meses, têm sido muitas notícias voltadas ao jogo de suicídio ‘Baleia Azul’. Da revolta à comoção, o perverso jogo de suicídio mexeu drasticamente com a vida de muitas famílias e deixou um sinal de alerta na mente de pais e responsáveis por crianças e jovens.
O Russo Philipp Budeikin, criador do jogo foi identificado e preso pela polícia. Mas o que mais chama a atenção é sua motivação para ter criado o jogo cruel.
De acordo com as autoridades, o jovem admitiu ter incitado pelo menos 16 meninas a se matarem participando do jogo e demonstrou muita frieza ao justificar o porquê: “Elas estavam felizes. Eu estava a dar a elas o que elas não tinham na vida real: calor, compreensão, conexões“. Para ele, as suas vítimas desejavam a morte e o que ele deu a elas foi a coragem para tirarem as suas próprias vidas.
Além disso, Budeikin afirmou que “existem pessoas e existem resíduos biológicos – aqueles que não representam nenhum valor para a sociedade, que causam ou só vão causar danos à sociedade. Eu estava a limpar a nossa sociedade dessas pessoas”. O russo confessou à polícia que há cinco anos já tinha a ideia do jogo e que “era necessário distinguir pessoas normais de lixo biológico“.
O rapaz recebe constantemente cartas de amor enviadas por jovens. “Provavelmente, as adolescentes que se apaixonaram por Philip Lis (outro nome pelo qual ele é conhecido) não estavam a receber amor e atenção dos pais, e esse jovem bonito da internet forneceu um certo apoio para elas e deu a atenção que precisavam“, comentou a psicóloga Verónica Matyushina.
Cortes no braço faziam parte de um dos desafios do jogo
Anton Breido, um alto funcionário do Comitê Investigado da Rússia – visto como um equivalente ao FBI – alertou: “Budeikin sabia exatamente o que tinha que fazer para obter o resultado que queria. (…) Ele começou em 2013 e desde então o que fez foi aperfeiçoar as suas táticas. A sua tarefa era atrair tantas crianças e adolescentes quanto possível e depois descobrir quem seriam os mais afetados pela manipulação psicológica. (…) Digamos que de 20 mil pessoas, ele sabia que ‘o seu público’ seria apenas de 20“.
De acordo com Breido, Budeikin sempre foi uma pessoa sozinha. Ele não tinha amigos na escola e estava constantemente em conflito com os pais. “Assim, uma pessoa que nunca construiu qualquer ligação com alguém de repente sentiu que estava no comando de outras pessoas, vontades e vidas“, comentou. O investigador também comentou que penas mais duras devem ser aplicadas contra quem incita pessoas ao suicídio.
O ‘Blue Whale’ (nome original do ‘Baleia Azul’), envolve um “administrador” fazendo uma espécie de lavagem cerebral em adolescentes mais vulneráveis durante 50 dias. Aos jogadores são passadas tarefas – o que inclui noites sem dormir – que vão se tornando mais perigosas a cada dia, até que no último final, o desafio proposto é o suicídio.
“A pessoa era colocada em transe e eu tomava as decisões [do que ela deveria fazer] de acordo com o que sabia da vida dela. (…) Em algum momento era necessário fazer a pessoa não dormir à noite. [Desta forma] a sua psique se tornava mais suscetível à influência“, revelou o criador do jogo.
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Verdadeiramente cruel! Pais, mães, responsáveis, fiquem sempre atentos com o que os vosses filhos estão a fazer pela internet e principalmente com quem eles vêm mantendo contato. Pessoas como Philipp Budeikin é o que não falta no ambiente virtual.