Um grupo de pesquisadores da Faculdade de Medicina Johns Hopkins publicaram no periódico Jama Pediatrics um estudo em que apontam uma redução significativa na taxa de suicídio entre jovens após a aprovação do casamento gay nos EUA.
A equipa analisou dados dos Estados que já tinham aprovado leis até 2015, quando se verificou a decisão da Suprema Corte americana de tornar legal a união civil de pessoas do mesmo género em todo o País.
A pesquisa nos EUA mostrou assim a queda significativa nas taxas de suicídio entre jovens LGBTs após aprovação do casamento igualitário.
Nesses locais, as taxas de suicídio entre jovens foram comparadas às taxas registadas nos Estados que ainda resistiam à legalização, como Kentucky, Michigan, Ohio e Tennessee. O levantamento inclui informações a partir de 1999, cinco anos antes de a primeira Lei Estadual sobre o tema ser aprovada no país, no Estado de Massachusetts.
Por ano, foram registadas 134 mil tentativas de suicídio a menos nas regiões onde o casamento gay já havia sido legalizado. Enquanto a taxa entre alunos do ensino médio desceu 7% nesses Estados, entre gays, lésbicas e bissexuais, a redução dobra e bate os 14%. Nos Estados em que a lei não tinha sido promulgada não houve nenhuma diminuição.
Mesmo que a maioria dos adolescentes não pense em casamento, o facto de gays e lésbicas terem os mesmos direitos que os heterossexuais ajuda os jovens a se sentirem mais esperançosos em relação ao futuro.
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Para os pesquisadores, os dados reforçam o peso das políticas públicas em relação ao comportamento de uma população marginalizada, uma vez que outros estudos já mostraram que o risco de suicídio é mais alto entre jovens homo ou bissexuais.