Os serviços prisionais estão a dar tudo por tudo para envolver os reclusos na limpeza das florestas, afirmou Celso Manata à agência Lusa: “uma série de frentes” em que os reclusos podem ser integrados, por exemplo, na plantação de árvores e vegetação “que possa conter os incêndios”.
O número de reclusos que poderá vir a ser afeto a um plano dessa natureza “varia muito em função do que seja trabalho fora e dentro de muros” das cadeias, refere Celso Manata
“Se conseguirmos trabalho dentro de muros, como a manutenção ou limpeza de determinado tipo de equipamentos que possa ser feita dentro do estabelecimento, obviamente que o universo [de reclusos] pode ser grande…Mas se falarmos em trabalho no exterior, como toda a gente compreenderá, tudo o que é feito em regime aberto é algo que temos de ter muitas cautelas, porque aqui um passo em falso significa muitos passos para trás“, frisou.
O plano envolverá sempre “universos pequenos” de reclusos, como os que prestam serviço há uns anos na serra de Sintra e na Mata Nacional do Bussaco, no distrito de Aveiro.
“Não podemos apostar em grandes números de pessoas porque é um risco muito grande (…) Essas pessoas [que defendem a limpeza das matas por parte dos presos] certamente não compreenderiam que puséssemos milhares de pessoas em regime aberto e elas começassem a cometer crimes. Nessa altura seriamos criticados e com fundamento. Não podemos correr esse risco, preferimos fazer menos mas bem do que muito e mal“, referiu.
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