O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa ficou em choque ao saber que os gestores ganharem 100 vezes mais do que trabalhadores.
O Presidente da República lembrou, porém, que é comum, nas multinacionais, os gestores ganharem muito mais do que os trabalhadores, mas reconhece que é “um problema” para Portugal: “Há uma tendência internacional para as empresas terem ordenados dos gestores que chocam flagrantemente com os vencimentos dos trabalhadores. Esse é um problema que, no caso de Portugal, se torna mais evidente por serem poucas empresas. Daí ser mais chocante esse panorama“, disse o Presidente aos jornalistas, à margem de um evento das Forças Armadas, no Porto.
“Tem de se encontrar uma forma de debate seriamente o problema, olhando para essas empresas e vendo até pelo seu capital internacional o que é preciso ser corrigido e como precisa ser corrigido de uma forma que tenha presente a justiça social“, afirmou.
O Diário de Notícias revelou que quem estava à frente das empresas portuguesas presentes na bolsa ganhou, em média, 876 mil euros.
De acordo com o mesmo jornal, é na Jerónimo Martins que existe a maior discrepância entre o cimo e o fundo dessa pirâmide. O gestor ganhou 101 vezes mais.
Já o salário do CEO da Sonae, Paulo de Azevedo, foi 38 vezes superior ao rendimento médio dos funcionários.
Na Galp e nos CTT, cada um dos presidentes executivos ganha 30 vezes mais do que os trabalhadores.
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António Mexia, presidente da EDP, é o gestor mais bem pago. Ganhou mais de 2 milhões de euros entre remuneração fixa e variável.
Pois é, meus caros, este é o Portugal que temos.