O médico psicanalista Augusto Cury não hesita e afirma que: “Quem precisa de muito para viver é emocionalmente pobre”.
Pessoas emocionalmente famintas
“Existem aqueles que são mendigos emocionais. Morando em belas casas e apartamentos, eles mendigam o prazer de viver, pois precisam de muitos eventos para ter prazer. Por isso, temos recomendado que os pais não deem muitos presentes aos filhos, porque podem viciar o córtex cerebral a necessitar cada vez mais de eventos para sentir pequenas experiências de contentamento. A melhor nutrição é a formação da criança. O melhor presente que os pais podem dar aos filhos é a sua história”, afirma.
Para ele, o cárcere desses sentimentos é perigoso. “Se a pessoas é minimamente atendida, o que vai transformá-la em alguém emocionalmente rico é o quanto ‘ela faz muito do pouco’. Quem é emocionalmente pobre precisa de muito, de aplausos, para sentir migalhas de prazer. O segredo da felicidade inteligente se encontra nas coisas simples. Se não encontrares a felicidade nas pequenas coisas, serás um miserável a morar em palácios”, explica.
“Ninguém pode mudar alguém”
Existe o moderno conceito de “saudade de mim”, que trata-se do hábito de cobrar do outro a atenção, o amor e o afeto que não se tem com a própria saúde emocional.
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Um dos passos para se livrar deste problema seria cobrar menos das pessoas que amamos para não levar a vida a ferro e fogo. “Eu sempre digo que as coisas ficam mais difíceis quando tentamos modificar os outros. Elogia e troca mais. Ninguém pode mudar alguém, apenas piorá-lo”, finaliza.