Um inquérito do serviço nacional de saúde britânico afirma que as mulheres sofrem mais de problemas mentais até que os maridos morram.
Este artigo foi avançado pela Visão e revela que ao longo da vida as mulheres são mais infelizes do que os homens, até que a determinada isso muda. A explicação é surpreendente, segundo os psiquiatras pode ser a viuvez.
Relativamente aos jovens a diferença é muito significativa, em idades compreendidas entre os 16 e os 24 anos, 28% das jovens inquiridas eram portadoras de algum problema de saúde mental, contra 16% dos inquiridos do sexo masculino. Entre os 25 e os 34 anos, a percentagem de mulheres e homens com doenças mentais é igual, 18%. Por volta da meia idade, cerca de um quarto das mulheres pode ser considerada “mentalmente doente”.
A grande revelação deste inquérito é que a partir de determinada altura e com o tempo o problema não se agrava, por incrível que possa parecer o problema vai regredindo. Ora vê: nas mulheres com mais de 65 anos apenas 16% possuem graves problemas de saúde mental e nas mulheres com mais de 85 anos a percentagem cai para os 14%.
A reitora do Royal College of Psychiatrists, Kate Lovett acredita que as mulheres tendem a sofrer mais de depressão devido às suas “responsabilidades domésticas” e de cuidar dos outros, sejam os filhos, os pais, familiares ou outras pessoas. À medida que vão envelhecendo essa responsabilidade do cuidar deixa de fazer sentido e as mulheres ficam menos sobrecarregadas.
Contudo, o estado civil também pode ter um efeito considerável no nível de felicidade. A especialista refere que “Homens solteiros, viúvos ou divorciados são mais vulneráveis à depressão e homens nesta idade (mais de 85 anos) têm maior probabilidade de estar sozinhos”. Enquanto que o contrário já não se verifica e são mesmo as mulheres casadas as que “muitas vezes têm maior possibilidade de sofrer de depressão”.
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O inquérito era constituído por 12 questões, onde os participantes avaliavam os níveis de várias características como a ansiedade, a auto-confiança ou perturbações do sono. Numa escala de 12, com uma pontuação igual ou superior a 4, os intervenientes eram classificados como provavelmente portadores de uma doença mental. No entanto, o resultado não constituía um diagnóstico formal.