Há quem não se preocupe em cuidar de ti, mas constrói ao seu redor uma cerca bem alta para não perdê-lo. São relacionamentos baseados no ego de uma personalidade co-dependente, onde somente se exige e se distorce algo tão nobre como é o afeto.
O medo do ser amado se afastar implica acima de tudo falta de confiança e, às vezes, a ideia perigosa de considerar a pessoa amada uma possessão pessoal. Todo o relacionamento baseado em alguma forma de temor gera, inevitavelmente, um alto sofrimento.
Há quem não saiba como cuidar, intuir as suas tristezas ou a dor de tantas desilusões; mas lembra-te: se ele não te considera, não te esqueças de considerar a ti mesmo. Ouve o teu coração e cuida-te
Por mais estranho que possa parecer, existem muitos casais que mantêm esse tipo de relacionamento ao longo do tempo.
Cuidar de ti acima de todas as coisas
Tanto a necessidade de controle como a dependência são elementos inibidores que causam o desequilíbrio no relacionamento. Fica claro que os relacionamentos amorosos são complexos. Mas, na verdade, deveríamos dizer que a complexidade reside nas próprias pessoas e não no relacionamento em si.
Existem pessoas que precisam controlar porque é a única forma através da qual concebem o amor. Já outras, mesmo amando com sinceridade, carecem de competências emocionais para saber demonstrar uma reciprocidade adequada. Agora, é importante que em todos os nossos relacionamentos primemos pela “excelência” acima das “exigências“. Para isso, seria positivo colocar em prática as seguintes estratégias.
O amor próprio, um relacionamento que precisa durar para sempre
É primordial não te esqueceres nunca da importância de te cuidares, de te ouvires. Por mais curioso que pareça e segundo revela uma pesquisa publicada na revista “The Journal of Personality and Social Psychology“, as pessoas mais jovens têm uma menor auto-estima do que aquelas que alcançam os 60 anos de idade.
Uma boa auto-estima, o auto-conhecimento e uma boa gestão emocional farão tu te lembrares que quem não te considera, quem não cuida de ti, não merece a tua atenção e muito menos a tua tristeza. Portanto, não hesites em levar a tua alegria para outro lugar.
É como se o tempo fosse colocando cada peça do nosso amor próprio no seu lugar, como se a experiência nos esculpisse para chegar à maturidade com mais prumo e melhor equilíbrio. Agora, é fundamental poder desfrutar de cada ciclo, de cada etapa, para caminhar com mais equilíbrio e reforçar esse vínculo consigo mesmo, chamado de amor próprio.
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Sim a um relacionamento emocional consciente
Os relacionamentos que funcionam e que trazem felicidade são maduros e conscientes emocionalmente:
Não existe a necessidade de controle porque não existem medos, temores, inseguranças, nem a vontade de vulnerar o espaço pessoal da pessoa amada.
As pessoas conscientes e maduras partilham a sua plenitude, não trazem sombras de egoísmo, nem vazios que outros devam preencher.
Os relacionamentos maduros cuidam-se e, por sua vez, permitem que cada um considere o seu próprio crescimento, sentindo-se livre e sendo, ao mesmo tempo, parte de um projeto em comum.
Para concluir, a sensação de que alguém nos exige, nos controla e não nos considera pode se estender mais além dos relacionamentos amorosos. A família ou os amigos podem, sem dúvida, exercer o mesmo comportamento.
Tem atitude, defende o teu território, cuida dos teus direitos e, acima de tudo, ouve a voz do teu coração pedindo respeito. É fundamental cuidar de ti mesmo e da tua auto-estima.