O melhor estado da vida não é estar apaixonado, é estar tranquilo.

Com o tempo, costumamos descobrir que o melhor estado da vida não é estar apaixonado, e sim estar tranquilo. Só quando uma pessoa consegue alcançar esse equilíbrio interior onde nada sobra e nada falta é que ela se sente mais plena do que nunca. Assim, o amor pode até aparecer, se é o que desejas, embora não seja uma necessidade obrigatória.

É curioso como a maior parte das pessoas continua tendo como principal objetivo encontrar o parceiro perfeito. Cada vez temos mais aplicativos nos nossos telefones para facilitar essas procuras.

“Nunca se pode obter a paz no mundo externo até que tenhamos a paz com nós mesmos.”
-Dalai Lama-
O facto de não ter realizado esta necessitada peregrinação através do nosso interior para investigar vazios e necessidades faz com que às vezes acabemos por escolher companheiros de viagem errados.

Se andarmos de mãos dadas com a experiência e a sabedoria, vamos tomar o caminho certo: o do interior. É quando devemos arrumar o labirinto das nossas emoções para encontrar o tão precioso equilíbrio.

O melhor estado da vida é estar tranquilo
A tranquilidade não significa ausência de emoções. Também não tem a ver com renúncia alguma ao amor ou a essa paixão que nos dignifica, essa que nos dá asas e também raízes. A pessoa tranquila não evita nenhuma dessas dimensões, mas as vê a partir dessa perspectiva em que sabe muito bem onde estão os limites, onde essa moderação ilumina a nossa paz interior, como se fosse um farol numa noite escura.

O melhor estado é estar tranquilo, com uma harmonia interior adequada, onde não há espaço para os vazios, para os apegos desesperados ou das idealizações impossíveis.

Porque o amor, por muito que nos digam, nem sempre justifica tudo. Não significa que temos que abandonar a nós mesmos.

Como alcançar a tranquilidade interior
Antoine de Saint-Exupéry disse uma vez que o campo da consciência é limitado: ele só aceita um problema de cada vez. Esta frase contém uma realidade evidente. As pessoas acumulam na sua mente uma infinidade de problemas, objetivos, necessidades e desejos. O curioso de tudo isso é que há quem chegue a acreditar que o amor soluciona tudo, que é esse bálsamo multiuso que resolve tudo, que ordena tudo.

“Nos lugares tranquilos, a razão abunda.”
-Adlai E. Stevenson-

No entanto, antes de nos lançarmos ao vazio esperando ter sorte no amor, o mais adequado é ir devagar. A primeira coisa a fazer será alcançar essa calma, essa tranquilidade interior onde podemos reorganizar nossos quebra-cabeças pessoais para adquirir força e temperança.

A primeira coisa que faremos é aprender a diferenciar quais das relações que temos atualmente não são satisfatórias. Ninguém poderá alcançar essa tranquilidade tão ansiada se contar com um vínculo nocivo entre os laços familiares, de amizade ou de trabalho.
O segundo passo é tomar uma decisão essencial: deixar de ser a vítima. De certa forma, todos a somos em algum aspecto: vítimas desses laços nocivos referenciados anteriormente, vítimas das nossas inseguranças, das nossas obsessões ou limitações. Temos que ser capazes de reprogramar as nossas atitudes para alimentar a coragem e derrubar todas essas cercas.

Uma vez conseguidos os dois passos anteriores, é necessário chegar a um terceiro e maravilhoso escalão. Devemos ter um propósito, uma determinação clara e definida: ser felizes. Temos que cultivar essa felicidade simples em que a pessoa finalmente se sente bem como é, pelo que tem e pelo que conseguiu alcançar. Essa complacência nutrida pelas raízes do amor próprio nos trará sem dúvida um grande equilíbrio.

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As pessoas cujo equilíbrio respira no coração e cuja tranquilidade habita a mente não veem o amor como uma necessidade ou como um desejo desesperado. O amor não é algo que chega para resgatá-las, porque a pessoa tranquila já não precisa ser salva. O amor é um tesouro precioso que uma pessoa encontra e decide, por liberdade e vontade própria, cuidar dele como a dimensão mais bela do ser humano.

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