Quando pensares em desistir, olha para o lado que realmente importa, o lado de dentro, e então pergunta-te qual é a tua razão maior, o teu porquê, o motivo que te fará mais forte e mais capaz do que qualquer porém. Do que qualquer pesar. E vai.
Quando pensares em desistir por causa deles, olha para eles, e pergunta-te quando foi que deixaste de ser importante para ti mesmo, quando foi que a imagem refletida do outro lado do espelho deixou de ser a tua, quando foi que opiniões, críticas e julgamentos de quem nunca realmente parou para te olhar de verdade invadiram a tua vida e domaram as tuas escolhas dessa maneira. E então deixa ir o peso do outro. Foca no que te fortalece. Mira no que te faz leve. E vai.
Quando pensares em desistir por causa das circunstâncias, pergunta-te qual é o propósito de tudo, da onde vem a aprendizagem, o grande legado, o motivo que te fará agradecer mesmo quando a tristeza vier. E então concentra-te no lado bom de todas as coisas, na sabedoria do universo, na certeza de que amanhã é sempre outro dia e que não há sofrimento ou dificuldade que dure para sempre. E vai.
Quando pensares em desistir por causa de ti mesmo, pergunta-te quem és e qual é a tua missão nesse mundo. E então avalia se o desistir tem a ver com ser forte, sábio e consciente (porque às vezes desistir exige mesmo uma coragem imensa) ou se é só uma maneira covarde de fugir da batalha antes mesmo da luta. E se for por falta de tentativa, e se for por medos e receios de não ser capaz, encontra dentro de ti mesmo a força que te mova a levantar da cama todos os dias. E vai.
Quando pensares em desistir por causa do tempo, pergunta-te o que realmente importa na vida: a direção ou a velocidade. E então começa a olhar para todas as coisas com a curiosidade e a aventura da criança e a sabedoria e a experiência do idoso. Do tempo passado, pegue o que te faz melhor, inspira-te no que te faz sorrir, orgulha-te das cicatrizes, coleciona histórias, mas segue em frente. Do presente nasce o recomeço. E o tempo nos ensina que nunca é tarde demais. Agarra-te na infinidade do agora, seja presente de corpo, alma e coração. Faz sempre o teu melhor. Sê sempre o teu melhor. Não dês demasiada importância a um futuro que nem sabes se vai chegar. Veste o teu melhor sorriso, confia na força da tua intuição. Arregaça as mangas. Tira os sapatos. Deixa o vento bater no rosto. Deixa despentear.
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E vai.
Quando pensares em desistir, quando o barco virar e o mar estiver revolto demais, quando a única alternativa que restar de tudo isso for lutar ou morrer, agarra-te na tua fé, acredita no teu milagre, salta nas águas. E nada.
Quando pensares em desistir, justamente porque não sabes nadar, olha para o mundo com gana de herói, com olhos de quem desafia o impossível e faz valer a pena cada segundo da vida.
E salta à água.
E salta à água.
Quando a gente não sabe o que fazer, a gente aprende.