Directora de psiquiatria no Hospital da cidade ficou incrédula no que o Tribunal de Beja lhe pediu: uma perícia médico-legal psiquiátrica a um morto. Logicamente, não é possível – respondeu

Para a psiquiatra Ana Matos Pires, notificações judiciais a solicitar serviços periciais são frequentes e sempre que solicitos, a mesma vaia  jogo. Desde processos de homicídio a outros menores já viu acontecer de tudo. Quer dizer: pensava ela já ter visto de tudo, mas afinal enganou-se.

A médica ficou sem palavras quando a direcção do Hospital de Beja, recebeu do tribunal uma notificação solicitando uma perícia médico-legal psiquiátrica a um…morto. Mais caricato é a notificação indicar que o local onde a perícia se poderia desenvolver: a campa do falecido e o respectivo cemitério.

No Facebook, a médica deu nota pública do seu espanto: “Ó pá, ó pá, ó pá, esta nunca me tinha acontecido. Um ofício de um tribunal a perguntar-me se será possível ir fazer uma avaliação pericial psiquiátrica a… um morto.

Também vais gostar destes:
Ambulância faz trajecto Lisboa/Porto para que incendiário não falte a consulta de psiquiatria ?
Esgotamento mental não é pieguice

Escusado será dizer que foram às dezenas os comentários, e piadas com sugestões de diagnóstico (“doente pouco comunicativo, mora em isolamento em local de difícil acesso, não colaborou com avaliação […] Conclusão: Sociopata/Cadáver? A reavaliar a outro tempo se houver alteração no comportamento atual” ou “doente afásico e sem condições para entrevista psiquiátrica” ou ainda “recomendação ao tribunal: de momento não parece representar um perigo para si ou para terceiros”.

Assim vai o nosso belo Portugal, minha gente boa!