A verdade é que eu já investi muito tempo refletindo sobre o afeto, a loucura do quotidiano, os sentimentos líquidos e toda a superficialidade das relações na nossa geração sem chegar a nenhuma grande conclusão, e hoje, cantarolando uma música despretensiosamente, finalmente percebi que é isso. É simplesmente isso. Afeto gera cuidado!
Quando a gente gosta não há distância, não há falta de tempo, não há rotina cansativa, não há namoro recém-acabado nem sentimento mal resolvido que nos impeçam de demonstrar cuidado. Quando a gente gosta a gente quer saber como vão as coisas. A gente diz que está com saudade. A gente pergunta como vão os estudos. O trabalho. A viagem.
Quando a gente gosta não tem jeito. A gente quer saber como vai o cachorro, o periquito e o papagaio. A gente pergunta da gripe. Do pulmão congestionado. Quando a gente gosta a gente indica um remédio, diz que está frio e é melhor descansar para tomar cuidado.
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Quando a gente gosta a gente deseja coisas boas. Dá um abraço carinhoso. A gente ajuda com o trabalho. Quando a gente gosta a gente ouve os problemas, pergunta dos medos e faz o outro se sentir melhor por não ser o único todo errado.
Quando a gente gosta, é verdade, podem existir mil problemas no mundo, mas a gente cuida porque fica mais gostoso ter cuidado.