O pequeno Kirill vive num orfanato no Cazaquistão há 4 anos. Quando os pais viram a aparência do filho rejeitam-no. Os funcionários do local não tem esperanças de que ele um dia seja adotado. O menino nasceu sem a mão direita e praticamente nenhum casal está disposto a levar para casa uma criança deficiente. Na verdade, este defeito congénito foi exactamente o motivo pelo qual ele foi abandonado. Apenas 20 dias após o seu nascimento, os pais de Kirill decidiram que não queriam criar um filho “aleijado” e abandonaram-o. A criança foi resgatada e trazida para um orfanato, mas nunca encontrou um novo lar. Um a um, os seus coleguinhas foram sendo adoptados. Porém, para Kirill a busca parecia nunca ter fim.
Entretanto, um dia a sorte de Kirill muda. Um casal visita o orfanato e encanta-se com o menino. Doug e Lesley Facey desejavam há muito tempo ter um filho e, quando viram o menino, foi amor à primeira vista. Eles logo percebem a sua deficiência, mas para os dois aquele era um pequeno detalhe sem importância. Porém, até mesmo o director do orfanato tenta dissuadi-los da ideia, aconselhando-os a procurar outra criança mais “saudável”. Para a sorte de Kirill, eles não estavam nem um pouco dispostos a mudar de planos.
Depois que a papelada ficou pronta, Kirill viajou para a sua nova casa. Quando ele viu pela primeira vez seu avô no aeroporto, ele soltou um grito de surpresa e emoção: o senhor também tinha nascido sem uma mão, exactamente como ele. O desportista e homem de negócios bem-sucedido abaixou-se na frente do seu neto e, sem dizer uma palavra, mostrou os seus braços. Para o menino, este foi um momento mágico. Pela primeira vez na vida ele encontrou alguém com o mesmo problema que ele! Todos em volta ficaram com lágrimas nos olhos. Ao tocar o braço do avô, Kirill logo sentiu uma forte conexão e teve certeza que esta era a família perfeita para ele.
Desde este dia, Doug, Lesley e Kirill tem levado uma vida tranquila e feliz. O menino aprendeu inglês, fez amigos e recebeu todo o suporte e amor de que tanto precisava. “O meu pai me mostrou que, apesar de sua deficiência, ele era capaz de fazer tudo que desejasse. Ele é um homem de negócios muito respeitado, competiu nas paraolimpíadas e continua a nos dar, todo dia, uma lição” diz Doug. Por esta razão, ele tem certeza que Kirill poderá levar uma vida normal e terá a possibilidade de fazer o que quiser. Todas as vezes que neto e avô se encontram, eles tem um jeito particular e único de se cumprimentar: ao invés de apertar as mãos, os dois encostam os seus cotocos. E depois riem.
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A trajetória de Kirill ajudou-me a resgatar a fé na humanidade! Se esta história também te emocionou, partilha.
