Aplicações e dinheiro no banco “significa perder dinheiro“, mais vale “debaixo do colchão”, indica a associação de defesa do consumidor, que fez uma ronda por 20 instituições.
A instituição de defesa do consumidor (DECO) foi a 20 bancos procurar soluções para aplicar 2.500 euros por um ano e chegaram à conclusão que as instituições bancárias “cobram mais em comissões de manutenção de conta do que os juros” que o cliente irá receber.
No teste realizado, a revista Proteste Investe indica que nos bancos ‘online’ “não são cobradas comissões, o que os torna mais atractivos para aplicar as pequenas poupanças, mas o rendimento fica abaixo da inflação”.
A DECO indica que os depósitos de pequeno montante são devorados pelas comissões e inflação: “em 10 bancos, abrir uma conta especificamente para aplicar 2.500 euros a um ano significa então perder dinheiro, pois cobram mais em comissões de manutenção da conta do que os juros que vai receber“.
De acordo com a Proteste Investe, se um português “tem um pequeno pé-de-meia – 2500 euros, por hipótese – no seu banco de sempre” e tendo em conta que o rendimento médio de um depósito a 12 meses anda na casa dos 0,3% ao ano, “ao fim de um ano terá aumentado o seu pecúlio em uns estonteantes 7,5 euros“.
A DECO volta a lembrar que a proibição de “as instituições bancárias de cobrarem comissões por manutenção de contas é uma luta” que se mantém há dois anos.
A DECO reiterou junto do Banco de Portugal e dos partidos parlamentares, “a urgência na aprovação de legislação que proíba as comissões de manutenção, ou que, em alternativa, as permita, mas apenas na medida em que correspondam a encargos pelos serviços adicionais efectivamente prestados ao consumidor“.