No Brasil e com a chegada do Inverno, o frio aperta e algumas instituições tem tentado ajudar os sem-abrigo oferecendo guarida nesses dias de frio que estão a ocorrer no país. Contudo, existe uma relutância da parte dos beneficiados, pois eles negam-se a ir para os abrigos já que isso os obriga a deixar os seus animais de estimação no relento.
Pelo menos 5 pessoas foram encontradas mortas de frio pela capital paulista. “Somos seres humanos, carne, a gente sofre. Chega a noite aqui e quando chove, a gente tem que se recolher todos. Se não tiver uma lona, um plástico para nos cobrirmos, amanheces todo molhado ou morres de frio”, conta o morador de rua João Damião.
Para Rogério Benedito Moreira, que vive há mais de 40 anos na rua, a ideia de viver sozinho está fora de cogitação. Atualmente ele vive um espaço com 14 amigos e mais 6 filhotes de cachorro.“Posso passar frio, o jeito que for, mas sempre com eles. Já que não tem vaga para eles, não tem vaga para mim”, afirma.
São cerca de 11,5 mil vagas oferecidas para os moradores de rua, e segundo a assessoria, nem todos têm espaço para receber os animais, mas não é proibido o atendimento a eles. “O albergue não aceita animais. Eu não vou deixar o meu amigo fiel, que cuida de mim de noite, acho que é injusto, né? É um animal, um companheiro, ele protege, ele late”, explica Rodrigo Silva de Assis.
No último fim de semana, segundo dados da Prefeitura, foram atendidos 11 mil moradores de rua por dia com o programa “Operação Baixas Temperaturas“, que recebe ajuda de alimentos e roupas de várias pessoas que se mobilizam.
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A gerente de projetos, Denise Minuncio, sene-se feliz em fazer parte dessa causa. “É muito gratificante poder ajudar. Eu queria poder fazer muito mais, mas infelizmente a gente não consegue fazer tudo”, lamenta.
