Sempre fui boa menina. Certa. Estável. Controlada. Com um sorriso conveniente na cara para agradar aos outros e parecer bem. Com orgulho por ter alguém e não andar a saltar de corpo em corpo como as mulheres que era suposto eu criticar. Alguém que não me preenchia, mas alguém.
Alguém que estava comigo porque sim, mas alguém. Alguém que não se importava com nada, mas alguém. Alguém com um ego tão grande que não deixava espaço para amor, mas alguém. Sempre fui boa menina, hoje não sou mais. Hoje sou eu.
Já fui estupidamente leal a alguém que simplesmente não sabia o que era lealdade e aprendi da pior maneira a ser leal a mim própria. Hoje se não me enquadro naquilo que querem que eu seja, temos pena, não vão ter muita sorte a tentar mudar-me. Ou aceitam e ficam ou não aceitam e seguem.
Hoje não sou mais metade de ninguém, sou inteira e só aceito pessoas inteiras.
Quem quiser que me acompanhe, quem não quiser a porta é já ali à frente. Hoje preocupo-me mais com a minha felicidade do que com as aparências. Hoje quero lá saber!
Gosto de dançar até de manhã, de beber uns shots de tequila e de conhecer pessoas que me entusiasmam e me divertem por uma noite. Gosto de passear pela praia apenas com a companhia de mim mesma, de ler livros repletos de utopias românticas que me fazem suspirar, de discutir política e ter a mania que sei sempre tudo.
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Gosto de conversas mais banais como gosto de momentos mais sérios. E então? Sou apaixonada pela vida e recuso-me a deixá-la passar sem ser vivida, verdadeiramente vivida. Hoje só me arrependo do que não faço. Hoje sou tudo o que me apetece, tudo o que me satisfaz.