Tenho saudades tuas.
Ultimamente o meu pensamento tem andado por sítios para onde eu o proibi expressamente de ir. Cada vez que me distraio lá vai ele a correr para o passado em vez de se manter no presente, que tem tanto de bom. A realidade é que tenho tudo o que necessito para ser feliz, mas quero o luxo de te ter, mesmo sabendo que não preciso nem devo, porque cada vez que estavas por perto o meu QI descia para -100 e eu cedia a qualquer impulso.
Admito, tenho saudades tuas e continuas a ser a minha maior tentação. Tenho saudades do teu sentido de humor, da tua amizade, do teu sorriso, do teu corpo, do teu jeito, de tudo. Só não tenho saudades das discussões desnecessárias por causa de criancices e detalhes insignificantes. A verdade é que fizemos muito mal um ao outro. Disso não sinto a menor das faltas, mas infelizmente não é nisso que penso quando penso em ti.
De facto, o que queremos e o que precisamos são duas coisas inteiramente diferentes. Espero nunca ter a oportunidade de escolher entre os dois, nem tu nem eu. Ambos sabemos que, venha quem vier e haja o que houver, o que acontecia quando estávamos sozinhos dentro de quatro paredes só não acontece mais por fugirmos das paredes a sete pés.