Nada é fixo nem permanente… Tudo é transitório, o que era ontem pode não ser hoje. As coisas que nós adquirimos e perdemos, mudam… A vida é isso, essa transitoriedade. Como é que vai ser?
Estava aqui a sentir uma saudade, daquelas doídas de sentir. Daquelas saudades que nos fazem repensar a vida, repensar as atitudes, ponderar se deveríamos mesmo ter ido por aqui ou por ali. Daquelas saudades que nos impulsionam a regressar.
A gente sente saudades mesmo. Eu já divaguei sobre isso outra vez, falando que a saudade é sinal de um momento bem vivido. Mas, não é que eu havia me esquecido das minhas próprias convicções?
A gente sente saudades… E talvez existam etapas das nossas vidas que devam ser isso… Saudade. Ainda que seja daquelas doídas de sentir.
E a gente sente saudades. E por que não sentir essa saudade sem ferir o peito?
Por que a gente transforma o amor em dor? Por que colocamos rancor em sentimentos que de tão bons, deixaram essa saudade? Porque do contrário, se o momento passado fosse mau, a gente sentiria raiva. Mas se sente saudades… Por que não recordar isso apreciando o momento vivido?
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Se cada momento é único, se tudo na vida só acontece uma única vez e se foi bom, ao ponto de dar saudades em cada letra de música, nos detalhes da vida, no perfume, por que não sentir saudades? Por que não viver essa saudade?
Porque se ficou saudades… foi bom. Do contrário a gente sentiria raiva. Mas se a gente sente saudade, por que não sentir? E saber que a vida é como disse Monja Coen, essa transitoriedade. O que foi ontem já não é mais hoje.
Mas que bom ter vivido isso. Que bom poder lembrar, e sentir saudades.
