Diferente do que se imagina, não é preciso ser agredida fisicamente para estar numa relação violenta. Algumas palavras e atitudes podem ferir a autoestima de uma mulher tanto quanto. E isso tem nome: violência psicológica. Esta é a forma mais subjetiva e, por isso, difícil de identificar.
Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgados na última semana, uma em cada três mulheres é vítima de violência no mundo. E esta violência, de tão latente, chega a ser classificada entre: física, íntima, moral e psicológica.
Por ser subjetiva e, por isso, de difícil identificação, a violência psicológica, na maioria dos casos, é negligenciada até por quem sofre – por não conseguir perceber que ela vem mascarada pelo ciúmes, controle, humilhações, ironias e ofensas.
“Numa briga de casal, o agressor normalmente usa essa tática para fazer com que a parceira se sinta acuada e insegura, sem chance de reagir. Não existe respeito”, explica Maria Luiza Bustamante, chefe do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro ao GNT.
Esse tipo de violência normalmente precede a agressão física que, uma vez praticada e tolerada, pode se tornar constante. Na maioria das vezes, o receio de assumir que o casamento ou o namoro não está funcionando ainda é um motivo que leva mulheres a se submeter à violência – entre todos os tipos e não apenas a psicológica.
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VÊ COMO IDENTIFICAR:
Dificilmente a vítima procura ajuda externa nos casos de violência psicológica. A mulher tende a aceitar e justificar as atitudes do agressor, protelando a exposição das suas angústias até que uma situação de violência física, muitas vezes grave, ocorra.
A violência psicológica acontece quando ele…
#1. Quer determinar a forma como ela se veste, pensa, come ou se expressa.
#2. Critica qualquer coisa que ela faça; tudo passa a ser maus ou errado.
#3. Desqualifica as relações afetivas dela: ou seja, amigos ou família “não prestam”.
#4. Insulta-a com ”nomes baixos”, “imprestável”, “retardada”, etc…
#5. A expõe a situações humilhantes em público.
#6. Critica o corpo dela de forma ofensiva, e considera como uma “brincadeira”.
…entre outras formas de violência que são subjetivas e que, muitas vezes, passam despercebidas no dia a dia.
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